Athletic Bilbao, Barcelona e Real Madrid voltaram à carga em relação ao projeto aprovado sobre a injeção de capital na LaLiga Santander. Os três clubes votaram contra na Assembleia Geral realizada no passado mês de agosto e, esta sexta-feira, emitiram um comunicado conjunto em tom crítico e com uma alternativa.
«Do ponto de vista do nosso compromisso centenário com o futebol espanhol e a sua viabilidade, deve-se entender a nossa oposição mais profunda em agosto passado à operação levantada pela La Liga com o fundo de capital de risco CVC, o chamado Projeto La Liga Impulso, agora reformulado em termos igualmente ruinosos para o futebol espanhol e, além disso, não isentos de graves irregularidades (tanto na forma como no conteúdo)», pode ler-se na nota oficial.
«Com base na nossa muito recente experiência em operações de financiamento neste sector, e depois de efetuados os devidos trabalhos preparatórios com os nossos assessores financeiros e jurídicos, estamos em condições de apresentar ao futebol espanhol uma solução financeira alternativa para todos, a longo prazo, sustentável, racional e legal, um 'Projeto Sustentável', que, no mínimo, merece ser devidamente explorado», acrescenta, lembrando os efeitos da pandemia.
Ora, esse 'Projeto Sustentável', avançam os três referidos clubes, «pouparia, aos clubes espanhóis, 12.200 milhões de euros, sendo uma proposta 15 vezes mais barata que, para além disso, apenas inclui compromissos para 25 anos, e não para cinquenta».
Como tem sido habitual no futebol espanhol, a LaLiga Santander, por intermédio de Javier Tebas, reagiu e lançou farpas aos clubes. A entidade que regula as competições profissionais, anunciou, também de forma oficial, que a solução apresentada pelos três emblemas «não é diretamente comparável porque é uma operação de dívida e, portanto, exige garantias financeiras», ao passo que «o Projeto Impulso é uma operação de equity (capital) e, por isso, é o investidor que corre o risco caso corra bem ou mal, sem garantias de devolução».
Numa nota bastante extensa, a LaLiga apontou, ainda, que esta «não é uma análise séria e que aborde possíveis alternativas», mas sim «uma tentativa de destruir o futuro da competição e dos clubes para dar continuidade ao projeto da SuperLiga».