O Governo apresentou, esta quinta-feira, um conjunto de novas medidas de combate à covid-19 em Portugal e no que diz respeito ao desporto, o destaque é a obrigação de apresentação do certificado digital de vacinação e de um teste negativo à covid-19 para a entrada nos recintos desportivos.
«A vacinação permite-nos estar hoje numa situação muitíssimo melhor em comparação com há um ano. Por isso, a primeira medida é reforçar a vacinação, agora com a dose de reforço para as pessoas elegíveis. Aguardando ainda que a Comissão Nacional de Vacinação se pronuncie, e respeitando a vontade dos pais, estaremos preparados para assegurar a vacinação das crianças elegíveis para vacinação», disse o Primeiro-Ministro António Costa, em conferência de imprensa.
«Estamos a entrar numa fase de maior risco, assistindo-se a um crescimento muito significativo da pandemia. Com a aproximação do inverno, haverá mais frio, que é propício a infeções respiratórias», acrescentou.
Assim sendo, o Governo reforçou duas recomendações gerais para toda a população, que passam por fazer auto-testes com frequência e, sempre que possível, permanecer em teletrabalho, sendo que, a partir do dia 1 de dezembro, o país passa a estar em estado de calamidade. Na primeira semana da 2022, de 2 a 9 de janeiro, o teletrabalho será obrigatório e as discotecas estarão encerradas, enquanto as aulas recomeçam apenas a 10 de janeiro. Estas medidas servirão de contenção de contactos.
Ao nível de medidas obrigatórias, as máscaras passam a ser obrigatórias em todos os espaços fechados que não sejam excecionados pela DGS, o certificado digital passa a ser exigido para restaurantes, hotéis, eventos com lugares marcados e também para ginásios e passa a ser obrigatório apresentar um teste negativo à covid-19 para visitas aos lares, visitas aos doentes internados em estabelecimentos de saúde e em todos os grandes eventos, cultural ou desportivo, em lugares improvisados, sem lugares marcados e em todos os recintos desportivos cobertos ou ao ar livre, assim como para entrar em discotecas e bares e para entradas em território nacional, seja de que ponto de origem for e independentemente da nacionalidade.
Este conjunto de novas medidas surge numa altura em que os números de infetados e mortes por covid-19 têm vindo a infetar em Portugal, o que tem levado também o Índice de transmissibilidade a crescer. O número de internados em unidades hospitalares tem vindo a aumentar também, embora aí o crescimento seja essencialmente entre pessoas não vacinadas.