Vários meses depois da repentina mudança para Paris, Lionel Messi concedeu finalmente uma entrevista. Em conversa com o jornal espanhol Marca, na sequência da entrega do prémio Pichichi conquistado na época passada, o astro argentino falou sobre a rápida adaptação a Paris, das expectativas desportivas do PSG na Champions, das recentes mudanças em Barcelona, bem como da rivalidade com CR7.
Desde logo, relativamente à participação do Paris SG na Liga dos Campeões, o internacional argentino não escondeu que os vice-campeões franceses são uns dos grandes candidatos a vencer a prova.
«Todos dizem que somos os grandes favoritos e não vou negar que somos um dos candidatos, mas ainda precisamos de coisas para ser uma equipa realmente forte. Temos que terminar a consolidação como equipa e temos a vantagem de ter jogadores muito bons para o conseguir, mas não somos os únicos. Há outras grandes equipas que são candidatas. A Champions League é uma competição muito difícil, o que a torna tão bonita e especial. As melhores equipas estão lá e está a ficar cada vez mais complicado. Sim, somos um dos favoritos, mas não os únicos», começou por dizer, apontando também Liverpool, Manchester City, Bayern Munique, Real Madrid e Atlético como potenciais vencedores.
Por sua vez, e sobre as recentes mudanças registadas em Barcelona, com a saída de Ronald Koeman e com a entrada de Xavi para o comando técnico da equipa, Lionel Messi aprovou a escolha da nova direção e deixou rasgados elogios ao amigo e antigo companheiro de equipa.
«[O Xavi] pode contribuir muito. É um treinador que sabe muito, conhece perfeitamente a casa e vive em Barcelona desde criança. Renovou a ilusão no Barcelona porque é uma pessoa muito respeitada pelos adeptos e pelos jogadores. Ele será um treinador muito importante para os jogadores mais jovens porque os ensinará. Com ele a equipa vai crescer muito. Não tenho nenhuma dúvida», referiu, falando ainda sobre o despedimento de Ronald Koeman.
«É sempre injusto com os treinadores. Foi injusto com o Koeman, com o Valverde ... Quando há maus resultados, o mais fácil é direcionar para o treinador, trocá-lo e não os jogadores. Koeman chegou num momento muito difícil no clube de onde saíram jogadores importantes, mas conseguiu levar muitos jogadores jovens. Como disse, o mais fácil é sempre culpar o treinador. E eles também sabem disso porque é a profissão deles», atirou.
Já sobre um possível regresso a Barcelona, Messi deixou uma garantia: «Sempre disse que em algum momento voltarei a Barcelona porque é minha casa e porque vou morar lá. E obviamente, se eu puder contribuir e ajudar o clube, adoraria voltar».
Por fim, questionado também sobre a mudança de Cristiano Ronaldo para Manchester, Lionel Messi recordou o tempo em que partilhava a ribalta com o jogador português em Espanha.
«O United é uma equipa muito forte, com grandes jogadores. O Cristiano já conhecia o clube, mas isso foi numa outra fase e agora adaptou-se de forma impressionante. Desde o início que ele marcou golos como sempre e não teve problemas de adaptação. Na Premier não está tão bem como esperávamos, mas é uma competição muito difícil e em que as coisas dão muitas voltas. Depois de dezembro muda muita coisa e tudo pode acontecer», afirmou, recordando os anos de rivalidade vividos na La Liga.
«Já faz muito tempo que paramos de competir na mesma liga. Competimos individualmente e em equipa pelos mesmos objetivos. Foi um palco muito bonito para nós e também para as pessoas que gostaram muito. É uma bela lembrança que ficará na história do futebol», concluiu.