O FC Porto não foi em surpresas e iniciou a participação na Taça de Portugal com uma goleada por claros 5x0 frente ao Sintrense. Os dragões pouparam no onze e na criatividade, pelo menos na primeira parte, mas Sérgio Oliveira mostrou o caminho e Evanilson e Toni Martínez trataram do resto perante um Sintrense que não foi capaz de incomodar ao longo dos 90 minutos.
A diferença de forças entre uma equipa de Primeira Liga e outra do quarto escalão eram evidentes e notaram-se desde cedo, com o FC Porto, como seria de esperar, a assumir o controlo e a surgir muito pressionante, perante um Sintrense com uma linha de cinco defesas, recuado no terreno, mas organizado a defender, que ia dificultando como podia as tentativas de aproximação dos dragões e que apostava em surpreender no contragolpe.
A toada de domínio portista, mas pouca intensidade manteve-se após o tento inaugural, sendo que também o Sintrense manteve a estratégia, mesmo em desvantagem. Ainda assim, o domínio era quase total, e o segundo golo, apesar das dificuldades na criação, chegou mesmo, novamente através de Sérgio Oliveira e na sequência de mais um erro na saída de bola do Sintrense, desta vez na recarga a um remate de Francisco Conceição – Diogo Garrido ficou mal na fotografia.
O Sintrense pareceu mais solto nos primeiros minutos da segunda parte, mas também abriu mais espaço para o ataque portista. Francisco Conceição foi o primeiro a beneficiar disso mesmo, mas permitiu a defesa, só que Evanilson, depois de um grande passe de Sérgio Oliveira – sempre ele -, não facilitou e dilatou a vantagem dez minutos depois do reatar da partida.
O jogo estava mais que decidido e Sérgio Conceição aproveitou para rodar, mas o domínio manteve-se, como seria de esperar. Fábio Vieira foi um dos que entrou bem e foi o autor do cruzamento que culminou no golo de Toni Martínez, que fechou a contagem em 5x0 já depois de Bruno Costa ver um golo anulado na sequência de um livre. Os últimos minutos foram de ritmo mais baixo e até deu para o primeiro remate do Sintrense na partida, mas não para mais do que isso.
Sérgio Conceição aproveitou para rodar e houve vários jogadores a aproveitar a oportunidade. Desde logo Evanilson, com um bis no segundo jogo consecutivo a titular, depois Toni Martínez, que entrou a tempo e acabar com a seca de golo, mas também Sérgio Oliveira. Sim, é um nome estranho para estar neste lote, mas a verdade é que não tem vivido um início fácil, mas voltou a ser decisivo, desta feita com dois golos e uma assistência.
Não há dúvidas sobre a diferença de qualidade individual entre os plantéis de Sintrense e FC Porto e o resultado não choca ninguém. No entanto, isso não justifica erros como os que deram origem aos dois primeiros golos ou ao terceiro, primeiro na saída de bola, depois numa defesa mal calculada e, por fim, numa grande cerimónia para afastar um lance que podia ter sido resolvido de forma bem mais simples.