Hélder Antunes antes do arranque do Europeu: «As lágrimas de felicidade, é o que buscamos no final»

A seleção nacional feminina tem, esta segunda-feira, o primeiro jogo do campeonato da Europa. Portugal defronta a Inglaterra. O zerozero falou com o selecionador nacional para abordar as expectativas da equipa portuguesa antes da prova, que se vai jogar no Luso.

Para Hélder Antunes as suas ideias estão mais assimiladas, depois de ter assumido o comando de Portugal em 2019: «Vamos ver uma seleção mais consolidada, mais madura, onde passou a um patamar seguinte e como tal vamos apresentar um hóquei mais evoluído e que queremos que cative quem vai assistir aos jogos. Essa evolução prende-se com algumas nuances que nós achamos que podem acontecer na competição e que nós queremos trazer para a equipa, questões táticas, questões de dinâmica de jogo».

O modelo competitivo da prova vai assentar num formato de todos contra todos e jogos decisivos entre os primeiros classificados no último: «É uma competição muito dura e muito rápida, quase não há tempo para fazer recuperações e tudo pode acontecer. Nestas competições temos que nos focar muito no nosso trabalho».

Portugal volta a jogar em casa, mas Hélder Antunes afasta qualquer tipo de favoritismo: «Isto de jogar em casa não nos traz favoritismo, até nos pode trazer uma pressão. Aliás, vamos ter pressão, mas temos que estar preparados para fazer dessa pressão algo bom. É claro que ótimo jogar em casa, mas mesmo que não jogássemos em casa, o país que representamos, o historial da modalidade que apresentamos, mesmo estando longe dos títulos há 20 anos, vamos lutar para sermos felizes no final do europeu».

Apesar de Espanha dominar o panorama internacional em toda a linha, o selecionador nacional elogiou a capacidade de trabalho e sofrimento das jogadoras: «Trabalham afincadamente, aquela expressão de Sangue Suor e Lágrimas é literal nesta equipa: O suor é provocado pela equipa técnica, lágrimas de dor, pois há sessões que têm sido puxadas e o sangue, pois já houve uma atleta que teve de ser suturada. Vamos ter que sofrer, se não tivermos capacidade de sofrimento não vamos poder ser felizes. Ninguém ganha títulos se não tiver capacidade de sofrimento, se não tiver capacidade de ir buscar forças à estrelinha, que muitas vezes é preciso. As lágrimas de felicidade, é o que buscamos no final».