Através da revista Dragões do mês de outubro, Pinto da Costa aproveitou para fazer um ponto de situação do que já foi jogado na presente temporada, deixando evidente o equilíbrio que se vê traduzido na classificação, nomeadamente na luta pelo título, cimentada pelos três crónicos candidatos.
Antes disso, o líder do emblema azul e branco começou por deixar algumas críticas ao planeamento da época, sublinhando o tempo excessivo concedido para jogos internacionais, ao nível de seleções.
«A segunda paragem da temporada para encontros das seleções nacionais - que é a segunda de três que há em apenas três meses, numa fase da época em que os jogadores mais parecem das seleções e pontualmente emprestados aos clubes - permite efetuar um pequeno balanço do pouco que se jogou até aqui», começou por dizer com ironia, continuando de seguida.
«A nota de destaque é o equilíbrio. No campeonato, os três primeiros classificados são os três crónicos candidatos ao título e estão separados por apenas um ponto. Este é um facto evidente - basta consultar a tabela classificativa para constatá-lo -, mas talvez seja surpreendente para alguns dos mais distraídos. É que apesar de ainda nem um quarto da liga ter sido disputada, já havia quem ditasse sentenças quase definitivas no que ao título diz respeito. Parece que não aprenderam nada com o que se passou em épocas bem recentes», prosseguiu Pinto da Costa, numa entrega de recados a um dos velhos rivais.
Sobre a formação, o presidente azul e branco continuou ao ataque, ao mesmo tempo que enalteceu a qualidade futebolística dos jovens saídos do Campo de Treinos do Olival.
«Provavelmente, a maioria desses especialistas que já quiseram decretar o afastamento precoce do FC Porto da luta pelo campeonato são os mesmos que passam a vida a criticar a qualidade da nossa formação e a inferiorizá-la face às dos outros clubes. Também a esse nível têm de lidar com a frustração do confronto com a realidade. Como já tem acontecido em épocas anteriores, o nosso treinador continua a apostar em atletas que formámos na Constituição e no Olival e que têm correspondido às melhores expectativas. O Diogo Costa, o João Mário, o Vitinha, o Bruno Costa, o Fábio Vieira e o Francisco Conceição integram o plantel principal por mérito próprio, não são nem mais nem menos do que os outros, mas enchem-nos de orgulho por serem testemunhos vivos da qualidade com que se trabalha neste clube»
Numa última referência ao clube que gere, Pinto da Costa abordou o trabalho desenvolvido nas modalidades. «E não é só no futebol que se trabalha bem. O início de temporada das equipas de andebol, basquetebol, hóquei em patins e voleibol feminino tem sido entusiasmante, já permitiu enriquecer o nosso museu com mais duas supertaças (andebol e voleibol) e já contribuiu para o reforço do prestígio internacional do clube através de grandes resultados nas competições europeias (andebol e basquetebol). Além disso, no bilhar às três tabelas, em mais uma magnífica prova organizada na nossa academia, foi conquistado mais um título nacional. É uma época que começa à Porto e que me faz acreditar que terá um fim ainda melhor do que o princípio», fechou o líder dos dragões.