Portugal e Cazaquistão garantiram um lugar entre as quatro melhores seleções deste Campeonato do Mundo de Futsal 2021, e vão discutir o acesso à final na próxima quinta-feira, às 18h (hora de Portugal Continental).
Para tal, as duas seleções tiveram que deixar pelo caminho Espanha e Irão (respetivamente), depois de ambas terem estado a perder por 2-0. O Cazaquistão ainda virou o jogo dentro do tempo regulamentar, ao passo que o escaldante duelo ibérico só foi decidido no prolongamento.
Esta é uma estreia absoluta para os cazaques, que nunca tinham sequer ultrapassado os oitavos de final. Já Portugal repete a presença nas meias finais depois de 2000 (na Guatemala) e 2016 (Tailândia).
Jogo impróprio para cardíacos. Este duelo ibérico, a reeditar a final do Europeu de 2018, trouxe um desfecho semelhante: vitória de Portugal no prolongamento. O jogo de hoje não valia um título, mas valia a passagem às meias-finais do Mundial, e Portugal conseguiu agarrar o lugar, garantindo desde já que iguala - pelo menos - a participação na Colômbia, em 2016.
Na segunda parte Espanha entrou com tudo, aproveitando um erro e uma bola parada para se colocar a vencer por 2-0 (golos de Adolfo e Adri). Portugal correu atrás do prejuízo, reduzindo aos 31' por André Coelho, e empatando aos 36' por Zicky. No último segundo Espanha dispôs de uma oportunidade soberana, mas Adolfo acertou no poste.
No prolongamento Portugal foi mais feliz, dando a volta ao marcador através de um autogolo de Raya, e, quando a Espanha já apostava no 5x4+GR, Pany aproveitou um erro de Ortiz para fazer o 2-4 final. Espanha tentou até à última, mas faltou a tranquilidade com que Portugal jogava, e a equipa das quinas segurou a vitória. Veja o resumo.
Os medalhistas de bronze do último Mundial procuravam voltar à discussão, pelo menos, do pódio, mas não conseguiram superiorizar-se ao Cazaquistão, continua a fazer história: é a estreia absoluta dos cazaques nesta fase da competição. Os iranianos foram para o intervalo a vencer por 2-0, mas alguns erros abriram caminho à remontada cazaque, que fechou o resultado em 2-3 à entrada do último minuto.
O Cazaquistão até entrou melhor na partida, e foi Léo Higuita - o super guarda-redes - quem deu o primeiro sinal de perigo junto da baliza (da contrária, claro está). O Irão respondeu com uma investida de Abbasi, aos 7', que Higuita defendeu, mas, aos 8', os iranianos conseguiram mesmo abrir o ativo, com um golo de Oladghobad após assistência de Abbasi.
Na segunda parte, a turma cazaque, orientada pelo brasileiro Kaká, partiu à procura dos golos, conseguindo o primeiro logo aos 25', com um remate de Tursagolov em que a FIFA atribuiu autogolo ao guarda-redes Samimi. A verdade é que fica a ideia de que se Samimi não tivesse tocado e desviado a trajetória da bola, o esférico passaria ao lado da baliza. Desaire iraniano, agravado aos 29', quando o Cazaquistão empatou a partida com remate de Knaub que Samimi não conseguiu travar.
Os cazaques estavam animicamente por cima do jogo, e tentavam dar a cambalhota ao marcador. Acabaram por conseguir, na sequência de um canto - originado pela defesa a um lance de insistência cazaque - que Taynan não desperdiçou. Veja o resumo.