Paços de Ferreira e Belenenses SAD empataram a dois, depois de uma partida de domínio dividido pelas duas partes. Os castores foram muito superiores nos primeiros 45 minutos, mas permitiram uma reação da equipa de Petit no segundo tempo, que abdicou dos três centrais e foi à procura do empate que chegaria já na reta final.
Jorge Simão alertou que a posição que o Belenenses SAD ocupava na tabela teria de ser desvalorizada e ainda bem que o fez, porque o facto de a equipa de Petit aparecer no fundo da tabela, com o pior ataque da Liga, poderia levar a facilitismos. O que aconteceu desde o apito inicial foi precisamente o contrário. O Paços de Ferreira entrou melhor, com o pé no acelerador e tratou logo de começar a ameaçar.
Ainda se ouviam festejos no Estádio Capital do Móvel enquanto Jorge Simão gritava do banco a pedir à equipa que continuasse a atacar. E assim foi. Depois de um remate ao poste por Lucas Silva, o segundo golo chegou numa bela jogada estudada de livre. O conjunto visitante demorava a reagir e os castores dominavam a posse de bola, mas já sem a mesma velocidade dos minutos iniciais.
Com o passar do tempo, o Belenenses SAD cresceu e chegou com perigo pela primeira vez à baliza de André Ferreira. Ndour falhou um cruzamento por centímetros, mas fez despertar a equipa.
Petit apareceu para a segunda parte com uma nova estratégia, abdicando da linha de três centrais, com a saída de Danny e Afonso Sousa para as entradas de Rafael Camacho e Pedro Nuno. A reação não foi imediata, até porque os minutos após o reinício da partida ficaram marcados por muitas faltas, mas a verdade é que a equipa lisboeta começou a crescer.
Camacho ainda atirou à barra, mas o empate chegaria do pé de Safira, num canto batido por Carraça. Para além dos festejos do banco visitante, ouviram-se incentivos da bancada, que pediam uma nova reação da equipa.
O recém-entrado Djaló apareceu na área para cabecear à barra na última grande oportunidade registada para qualquer uma das equipas. Pedro Nuno ainda teve nos pés uma situação de perigo, mas preferiu fintar André Ferreira e acabou por se atirar ao relvado. O resultado não mais se alterou e os pontos acabaram divididos.
Petit alterou a estratégia para a segunda parte e colheu os frutos com a recuperação da desvantagem de dois golos e um ponto conquistado.
Depois de uma primeira parte tão bem conseguida, o Paços não foi capaz de replicar a imagem e acabou por permitir a reação adversária.
Bem ao não assinalar grande penalidade na queda de Pedro Nuno perto do final da partida. Ficou por mostrar o amarelo por simulação. De resto, manteve o critério disciplinar.