Num jogo diferente do habitual - em que não só esteve muito em jogo, como até teve mais trabalho que a guardiã adversária - Ana Catarina fechou autenticamente a baliza, perante uma ofensiva do Nun'Álvares que tinha muitas colegas de seleção, que a testaram ao limite.
Mas ela - a melhor guarda-redes do mundo - levou sempre a melhor, mantendo a baliza inviolada com defesas incríveis, e segurando a magra vantagem até ao fim. Valeu (mais) um título.
Cátia Morgado é sempre um destaque inevitável nos jogos do Nun'Álvares. A n.º10 das fafenses comandou a equipa com a mestria a que nos habituou, bem apoiada pelas colegas internacionais portuguesas que reforçaram as condestáveis. Foi a maior quebra-cabeças para a defensiva encarnada, jogando e fazendo jogar, importante no ataque e na defesa.
Protagonizou um dos lances do jogo (no segundo tempo), quando tentou um chapéu a Ana Catarina. Se a adversária não fosse a melhor guarda-redes do mundo, a história do jogo era (quase de certeza) diferente.
O Benfica reforçou-se com juventude de qualidade, que a voz de comando - e a qualidade - de Inês Fernandes fizeram jogar. Sabendo que faltam rotinas à equipa, a capitã encarnada não deixou por pés alheios a responsabilidade de marcar, apontando o único golo do jogo - o que vale o título.
Saiu lesionada, a menos de dois minutos do final, mas conseguiu ir levantar o troféu no fim - e bem o mereceu.
A guarda-redes do Nun'Álvares fica intimamente ligada à história deste jogo, não só por ter sofrido o único golo do jogo, mas por o ter sofrido num lance em que poderia ter feito mais.
Foi se redimindo, fazendo um punhado de defesas importantes, particularmente na segunda parte, mas o mal estava feito, e as fafenses voltam a perder uma final contra o Benfica.
Benfica e Nun'Álvares mexeram bastante nos plantéis, com o emblema fafense a apostar na experiência e o Benfica na juventude. Uma das jovens promessas que reforçou os encarnados foi Dricas, que chegou com o estatuto de pivot goleadora. Depois de uma época em grande no Quinta dos Lombos, faltam-lhe claramente rotinas e entrosamento com as colegas nas águias.
Teve nos pés a oportunidade de fazer o 2-0 e matar o jogo, mas não teve a melhor leitura do lance com Maria Pereira, e chegou atrasada para a emenda.
1-0 | ||
Inês Fernandes 6' |