moumu 26-04-2024, 03:12
O primeiro Clássico da época 2021/22 permite tirar já algumas conclusões das equipas de Sporting e FC Porto, que fizeram o primeiro jogo após o fecho do mercado, portanto já com as equipas completas para esta temporada.
Em jeito de balanço, o zerozero apontou cinco conclusões que o duelo entre leões e dragões permitiu retirar sobre as duas equipas e aquilo que pode acontecer esta época. Estas são as do FC Porto.
Não é propriamente surpreendente, até porque aconteceu neste mesmo Clássico, mas o colombiano provou que o fez na Copa América e o que foi fazendo a espaços desde que chegou ao Dragão pode acontecer com mais frequência.
O extremo foi um caso de boa gestão de Sérgio Conceição, que aproveitou os bons momentos do cafetero para o lançar de início ou a partir do banco de suplentes, mas esta época, também pelo crédito que ganhou no verão, merece assumir o papel de estrela do FC Porto, até porque já é um dos melhores do campeonato.
Num jogo em que João Mário não conseguiu fazer a diferença do ponto de vista ofensivo, ficaram mais uma vez evidentes as fragilidades portistas nos corredores laterais.
Wendell foi contratado, mas já se esperava que não fosse pegar de estaca imediatamente, uma vez que Sérgio Conceição não costuma apostar logo nos reforços, mas Marcano já mostrou que não pode ser solução para lateral esquerdo e com Zaidu aparentemente riscado, os dragões têm de arranjar soluções.
Uma delas pode passar precisamente pela entrada de Wendell no onze, mas nos jogos de maior exigência defensiva isso pode não ser suficiente. No mesmo jogo, João Mário e Marcano jogaram de início, Manafá entrou para a esquerda e Corona passou para a direita. Não é, de todo, um setor que viva um momento de estabilidade.
Durante alguns anos, Diogo Costa andou a trabalhar na sombra de Casillas e, mais tarde, Marchesín, mas sempre se percebeu que mais cedo ou mais tarde iria assumir o papel de titular na baliza do FC Porto. Esse momento parece ter chegado agora.
A lesão do guarda-redes argentino abriu uma janela que o jovem portista já tinha feito por merecer e dentro de campo nunca se sentiu o impacto da mudança. Os últimos tempos mostraram que todo o potencial que lhe era apontado tem razão de ser.
Foi pela primeira vez chamado à seleção (não jogou) e acabou como homem no jogo no Clássico. É o futuro, mas também o presente.
Será algo que se resolverá com o passar dos jogos, mas neste momento parece existir um problema na equipa portista, pelo menos em alguns jogadores.
O mercado de transferências foi difícil e Corona e Sérgio Oliveira pareciam ter como certas as saídas do FC Porto, mas acabaram por permanecer. Se o caso do médio é mais fácil de gerir por haver margem negocial, o mesmo não se pode dizer de Corona, que a partir de janeiro pode assinar por outro clube. O mexicano foi titular pela primeira vez no Clássico, mas mostrou estar distante da equipa por esta altura.
O mesmo pode dizer-se de Mbemba, que também termina contrato no final da época e em Alvalade esteve muito longe do que já mostrou. A resolver internamente, até porque são jogadores muito importantes para Sérgio Conceição.
Já destacamos a titularidade de Diogo Costa e o mesmo é válido para João Mário, mas ao mesmo tempo fica a sensação que o momento de alguns jovens dragões continua a ser adiado.
Ao fim de cinco jornadas, Francisco Conceição, Vitinha, Fábio Vieira, Evanílson e o próprio Pepê ainda não chegaram à hora de utilização. A época é longa e terão certamente essa oportunidade, mas com tantas soluções a aparecer no plantel, precisamente para essas posições, parece que ainda não é desta que estes elementos vão assumir-se como opção mais próxima do onze de Conceição.
1-1 | ||
Nuno Santos 16' | Luis Díaz 71' |