Portugal perde pela margem mínima e está fora dos Jogos Olímpicos

Foi por pouco. Portugal está fora dos Jogos Olímpicos após perder frente ao Japão, seleção anfitriã, por 30x31. 

A equipa das Quinas precisava apenas de um ponto para seguir em frente na prova, mas a derrota por apenas um golo de diferença fez com que o conjunto liderado por Paulo Jorge Pereira se despedisse dos Jogos Olímpicos e, por muito pouco, falhasse o apuramento para os quartos de final. 

No que respeita ao jogo, muito equilibrado de parte a parte, Portugal chegou ao intervalo em desvantagem (14x16), com o Japão a superiorizar-se no marcador desde o início do encontro. No segundo tempo, a equipa das Quinas ainda recuperou da desvantagem, chegou pela primeira vez à vantagem aos 21x20, mas acabou por perder a margem já na reta final, fazendo com que o Japão somasse o seu primeiro triunfo na prova em cinco jogos. 

Com este resultado, bem como com o do Egito x Barém (30x20), a seleção nacional termina a fase de grupos na quinta posição em igualdade pontual com o Japão (6º) e com o Barém (4º) e despede-se da sua primeira participação nos Jogos Olímpicos.

«Um dia vou escrever um livro, que terá como título 'O golo que falta'»

Após o encontro, Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional, mostrou-se desapontado com a eliminação e fez o balanço da participação portuguesa. 

«Sentimento de frustração, um pouco triste. Ontem falava nisso em tom de brincadeira, mas um dia vou escrever um livro, que terá como título 'O golo que falta'. Nós, como sabem, em Portugal o desporto importa pouco. Organizamo-nos pouco para competir com equipas deste nível, que se preparam para estas competições. Aquilo que levo é um sentimento de tristeza, por sentir que podemos fazer mais do que isto, se qualificarmos mais as coisas. Só assim será possível. Faltou desde logo a questão da adaptação. Oito horas de diferença, só quem vive sabe disso. Quem vai de Espanha para Portugal e de Portugal para Espanha não sabe. Vivemos sempre em défice. Sabia que este jogo, desde o início, quando vi a sequência, que tê-lo às 9 da manhã, com o Japão, iria ser uma condicionante enorme. Por isso é que com a Suécia fizemos tudo para tentar pontuar. Até aí faltou o golo. Com esse golo já estávamos apurados. É continuar a fazer o que podemos fazer. Aquilo com que me sinto bem é que ao longo destes anos creio que conseguimos alertar toda a gente que Portugal pode fazer bem, mas é muito difícil com seleções que investem muito mais do que nós», referiu o técnico em declarações à RTP.