Foi numa conferência de imprensa com muita emoção que Carlos Tévez anunciou a despedida do Boca Juniors, o clube do coração e que representou em três diferentes períodos da carreira.
O avançado argentino de 37 anos não confirmou o fim da carreira como futebolista, indicando apenas que se pretende dedicar mais à família e realçando que um clube como o Boca «exige 120%».
«Sempre estarei com o povo xeneize como adepto. Já não estarei como jogador, mas sim como o Carlitos de toda a gente», vincou o avançado, garantindo estar «feliz» por ter dado «tudo como jogador».
«Nestes momentos o Boca precisava de 120% da minha parte e eu não estou mentalmente preparado para dar isso. O Boca é o melhor clube do mundo, o meu pai era do Boca, os meus irmãos, a minha mãe, a minha mulher e os meus filhos são do Boca. E não lhes posso mentir, nem a eles nem aos adeptos. Por isso a minha decisão é pura e é minha».
«Não sei o que vou fazer do meu futuro», indicou, «só quero ser pai, marido, quero ser filho e irmão. Isso é o que tenho hoje em mente, é a única coisa clara».
Tévez emocionou-se ainda ao indicar que não conseguiu sequer fazer o luto devido aquando da perda do pai: «Este é o momento. Não tive sequer tempo de chorar pelo meu, porque tinha jogo essa semana... e não é normal».
«O que sei é que o meu sangue não é vermelho, o meu sangue sempre será azul e amarelo. Até breve, obrigado», rematou Tévez.
Internacional argentino por 76 vezes, Tévez representou o Boca num total de 273 jogos ao longo de toda a carreira, com 93 golos apontados.