Chegou a ser um dos nomes cogitados para substituir Sérgio Conceição no banco do FC Porto e hoje garantiu, no Fórum da ANTF, estar preparado para voltar à ação. Aos jornalistas, Vítor Pereira deixou algumas pistas sobre o seu futuro e atirou: «O futebol é uma droga terrível».
Está sem treinar desde 2020, quando terminou o seu vínculo com os chineses do Shanghai SIPG. Longe dos relvados desde que deixou a Ásia, o treinador revelou ter saudades de fazer aquilo que mais gosta, treinar: «O futebol é uma droga terrível. Está-me nas veias e é o que me permite expressar a minha criatividade. No treino sinto-me como se estivesse no meu palco natural da vida».
Desde que saiu de Portugal, em 2013, o treinador natural de Espinho passou por, nada mais, nada menos, que cinco clubes em cinco países diferentes: Arábia Saudita, Grécia, Turquia, Alemanha e China. Uma tour internacional que o treinador vê como um acumular de experiências: «Hoje sinto-me um treinador mais completo. Vamos vivenciando coisas que nos vão dando mais maturidade na forma como lidamos com as situações».
A última estadia foi no futebol asiático. Uma paragem que o treinador recorda como desgastante, mas importante para refletir sobre a carreira: «Vim da China extremamente cansado, muito por ter estado sempre fechado. Agora estou a desfrutar da minha vida pessoal e o treinar virá depois. Não quero cometer os erros de decisão que cometi no passado em querer tudo depressa; o sangue começa aqui a ferver na veia e começo a sentir aquela ansiedade de ir para o treino. Agora, com mais maturidade, vou ter paciência. Está na hora de um projeto que me faça outra vez sentir as borboletas no estômago».
Questionado sobre em que liga se via a dar continuidade à sua carreira, Vítor Pereira não deu pistas, mas apontou ao currículo e à experiência: «Quero ir para um campeonato que esteja ao nível daquilo que acho que mereço».