Ainda há honras por guardar

Um dérbi é sempre um dérbi, mesmo com o campeonato já decidido, e este sábado, quatro dias depois da conquista leonina, há um sempre escaldante Benfica x Sporting que coloca em jogo, pelo menos, a honra dos dois rivais. Os leões já garantiram o título, mas continuam de olhos postos no recorde da invencibilidade e as águias, depois de uma época muito aquém do esperado, ainda sonham com o segundo lugar e querem fazer o possível para estragar a festa verde e branca.

Um ano depois, em lados opostos

Tal como Rúben Amorim recordou na conferência de imprensa de antevisão, na última época, o Benfica foi para o dérbi com o segundo lugar já fechado enquanto que o Sporting precisava de pontuar para segurar o pódio, mas um golo aos 88 minutos atirou os leões para fora dos três primeiros. Uma temporada depois, os leões podem «pagar na mesma moeda», mas, para isso, terão de ultrapassar aquele que é, talvez, o melhor Benfica da temporada.

E não foi só a forma que mudou da primeira volta até agora na equipa de Jorge Jesus. Vlachodimos e Gilberto já não fazem parte do onze habitual e chegou Lucas Veríssimo, que veio dar outra força a um sistema de três centrais que, apesar de utilizado na primeira volta diante dos leões, estava longe de ser habitual. Também Seferovic ganhou outra preponderância perante a lesão de Darwin e Cervi, então titular, praticamente não conta, sendo que Everton tem vindo a crescer a olhos vistos. O onze, de resto, deve regressar à base recente, até porque a equipa encontra-se praticamente na máxima força.

As melhorias encarnadas são evidentes, mas resta saber se serão suficientes para derrubar um Sporting com a motivação em alta depois de ter acabado de se sagrar campeão. Os leões dificilmente podiam chegar ao dérbi num momento melhor, mesmo tendo em conta as ausências de Pedro Porro, Feddal e Tiago Tomás – Luís Neto e João Pereira devem voltam a ser chamados a um onze que não deve sofrer grandes alterações em relação ao último jogo. No entanto, há ainda em jogo a honra, como em qualquer dérbi ou clássico, e um grande objetivo: tornar-se a primeira equipa a acabar invicta um campeonato com mais de 30 jornadas.