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    Recorde a impressionante escalada dos escoceses

    Reerguer de um gigante: Neste dia, há cinco anos, o Rangers regressava à Premiership

    A época ainda não acabou, mas os impressionantes Rangers de Steven Gerrard já celebraram o título de campeão escocês em 2020/21, 10 anos depois da última vez. Foi uma merecida festa para um clube que já celebrara o título em 54 outras ocasiões, mas esta teve um sabor especial por ser o primeiro campeonato desde o regresso à Premiership escocesa, após alguns anos em divisões inferiores. Lembra-se?

    Foi precisamente neste dia, há cinco anos, que o Rangers conquistou o título de campeão do segundo escalão e a consequente promoção à liga que durante tantas décadas protagonizou. Desde a queda ao quarto escalão, em 2012, até ao título de campeão escocês passaram 9 anos, que pode recordar à boleia do zerozero.

    A queda

    A equipa do Rangers era campeã em título - ou, mais especificamente, tricampeã - quando a situação do clube começou a descambar a nível financeiro. Viviam-se bons momentos dentro das quatro linhas, mas fora dos relvados David Murray viu-se obrigado a vender a sua parte do clube (85,3%) por apenas uma libra à Waventower Limited, empresa liderada por David Whyte, após a política restrita dos bancos escoceses exigir o pagamento de empréstimos passados.

    A liderança de Whyte também não foi imaculada, pelo contrário, e em fevereiro de 2012 o clube entrou em administração judicial, com 10 pontos a serem retirados da tabela classificativa. Com essa sanção da federação escocesa, a revalidação do título ficava muito difícil e a qualificação para a Europa em risco, mas a situação pioraria.

    Mesmo na Division 3 o Ibrox encheu © Andrew Milligan - PA Images / Getty Images
    Ainda houve novo dono (Charles Green), uma mudança de nome (The Rangers FC Ltd) numa tentativa de evitar as dívidas, e um apelo à Liga, mas nada evitou o destino final do clube: a Division 3, que equivalia então ao quarto escalão do futebol escocês.

    A escalada

    Pela caminhada do Rangers de volta ao seu habitat natural, os adeptos bem que podem agradecer a Ally McCoist, que não abandonou o barco e aceitou a tarefa de vencer o quarto escalão com o clube que comandara na primeira, depois de já o ter representado 15 anos como jogador e quatro como treinador adjunto.

    Com os contratos terminados, por tecnicamente se tratar de uma nova empresa, um Rangers muito diferente em termos de plantel disputou o primeiro jogo no quarto escalão, com 49 mil adeptos a assistir à vitória de 5x1 e a esmagar o anterior recorde mundial de assistência num jogo de quarta divisão.

    McCoist liderou o Rangers à conquista do título da Division 3 e imediatamente repetiu o feito na época seguinte, com os gers a vencer 33 jogos e a empatar três para conquistar de forma invencível o campeonato do terceiro escalão (Scottish League One) em 2014. Estava dado o mote para um regresso recorde, mas ainda surgiriam pedras no caminho.

    Do quarto escalão ao primeiro em quatro anos ©Getty / Mark Runnacles


    O segundo escalão, ou Championship, foi um passo a mais para o Rangers de McCoist, que ficou em terceiro lugar e saiu derrotado pelo Motherwell (6x1 em agregado) na final do playoff de acesso ao primeiro escalão. Seria só no ano seguinte, e pelas mãos de Mark Warburton, que essa barreira seria ultrapassada.

    O regresso e a glória

    Rangers é novamente campeão, 10 anos depois ©Getty / Andrew Milligan - PA Images
    Em 2015/16 o Rangers conseguiu a tão desejada promoção de volta ao topo do futebol escocês com a conquista do Championship, consumada precisamente no dia 5 de abril de 2016, há cinco anos, com uma vitória por 1x0 frente ao Dunbarton. James Tavernier, lateral direito que é atualmente capitão e leva 17 golos e 10 assistências em 20/21, marcou o único golo desse jogo, então em ano de estreia.

    De resto, Warburton foi o técnico encarregue de comandar o clube na época de regresso, mas a estadia não foi longa e Pedro Caixinha foi o escolhido para o substituir. O português (primeiro no clube) trouxe com ele vários jogadores lusos, mas a armada não teve sucesso nem longevidade no clube, pois havia Steven Gerrard no horizonte.

    A aposta no inexperiente técnico provou-se frutífera, com dois segundos lugares a precederem a atual época de 2020/21, em que tudo encaixou para a criação de uma das equipas mais dominantes da Escócia neste século. Foram 10 anos de glória a glória, mas pelo meio houve muita história.

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