Erling Haaland está nos quartos de final da Liga dos Campeões. Ah, e o Dortmund também. Os germânicos não entraram bem na partida e tiveram de sofrer, tanto na primeira parte, como na reta final, depois de En-Nesyri surpreender com o empate, mas quem tem Haaland, tem (quase) tudo. Em dois jogos, o jovem avançado norueguês levou tudo à frente e garantiu a passagem aos quartos, com quatro dos cinco golos do Dortmund na eliminatória.
Sem Rahpael Guerreiro ou Sancho e com uma defesa remendada com Emre Can adaptado a central, o Dortmund apresentou-se recuado e apostado em fazer-se valer da vantagem conseguida na primeira mão para garantir a passagem aos quartos de final. Por outro lado, o Sevilla sabia que precisava de marcar pelo menos dois golos e foi em busca disso mesmo desde o primeiro minuto.
O cenário (do jogo, não da eliminatória) parecia bem mais favorável ao Sevilla, mas bastou um erro para tudo mudar de figura. Num lance aparentemente inofensivo, Koundé permitiu a recuperação em zona proibida e tocou para Reus, que assistiu Haaland (quem mais?) para o primeiro golo da partida, que complicava ainda mais a já difícil missão dos espanhóis.
Contrariamente ao que seria de esperar, foi o Dortmund a entrar melhor no regresso dos balneários. Hazard ameaçou o golo logo a abrir, e Haaland (pois claro), marcou mesmo, pouco depois no seguimento de um lance bastante confuso – um golo anulado ao norueguês foi transformado num penálti que começou por ser defendido, mas teve de ser repetido e acabou mesmo no fundo das redes.
O jogo já tinha mudado de novo, com o Sevilla novamente por cima depois de reduzir a desvantagem e com várias aproximações à grande área contrária, mas, à imagem do que aconteceu durante um grande parte da primeira metade, com poucas oportunidades claras de golo. Só já para lá dos 90' é que En-Nesyri voltou a conseguir desfeitear Hitz, mas já era demasiado tarde para os homens de Lopetegui...
Já não há adjetivos suficientes para descrever o que Haaland faz jogo após jogo. São 14 golos em 20 jogos na Liga dos Campeões, quatro dos quais nesta eliminatória. E estamos a falar de um jogador de apenas 20 anos! Um verdadeiro fenómeno, que, tal como na primeira mão, voltou a ser completamente decisivo e acabou com todas as esperanças do Sevilla.
A entrada do Sevilla foi muito positiva, mas acabou «estragada» por um erro que não pode acontecer a este nível, ainda para mais quando do outro lado estão executantes com a qualidade de Haaland. Se a vida dos homens de Lopetegui já era difícil, ficou bem mais complicada por culpa própria, num erro que manchou a boa exibição.
O jogo não foi fácil para Cuneyt Cakir, mas o experiente árbitro turco soube gerir o encontro, e, apesar dos lances não serem de análise de fácil, aceitam-se as decisões, tanto no golo anulado, como nas duas grandes penalidades.