O Paços de Ferreira regressou aos triunfos, 2x1, sobre o Nacional da Madeira e mantém-se pelos lugares europeus. Os insulares somaram a quarta derrota seguida, apesar de terem deixado bom futebol no Norte do país.
Não foi preciso esperar muito para ver qual a principal missão da equipa de Pepa: Esquecer o mau resultado tido nos Açores. O Paços de Ferreira entrou disciplinado, harmónico, equilibrado e pressionante.
A grande dificuldade desde início do Nacional da Madeira foi contrariar a primeira linha de pressão dos castores. A equipa de Luís Freire teve muita dificuldade em construir de forma apoiada, como de resto gosta, e foi comentendo erros grosseiros.
O Paços de Ferreira sem surpresas ganhou metros de terreno, começou a chegar mais perto da baliza de Riccardo Piscitelli, mas a entreajuda de meio campo e defesa insular foi dando para os primeiros problemas. A grande lacuna da equipa de Luís Freire foram as bolas paradas.
Os castores chegaram aos golos da mesma forma: Pontapé de canto, segunda bola solta à entrada da área e remate forte de Luther Sing. O primeiro entra para a lista dos melhores do campeonato.
Depois de estar a perder e antes de sofrer o segundo golo, o Nacional da Madeira começou a sacudir a pressão e a conseguir ser mais efetivo na forma de jogar. Muito a procurar os passes de rutura, entre Rúben Micael ou Francisco Ramos e Riascos ou Pedro Mendes.
O bom trabalho ofensivo deu frutos, mas Riascos foi apanhado em fora-de-jogo e o golo não contou, mas o lance foi muito protestado pelo banco insular. Num dos primeiros momentos da jogada Pedro Mendes sofreu falta para grande penalidade, mas nem o árbitro, nem o VAR consideraram grande penalidade.
Na segunda parte o futebol foi mais organizado e as equipas conseguiram anular na perfeição as ideias uma da outra, mas isso não foi sinónimo de que o jogo tivesse perdido encanto ou oportunidades. Sempre muito voluntariosos os jogadores do Nacional pegaram no jogo com o intuito de mudar o rumo dos acontecimentos, mas os homens de Pepa souberam sempre bem que caminhos pisar para anular o perigo.
A formação nortenha usou a capacidade atlética de Tanque para prender a defesa do Nacional da Madeira atrás e o avançado brasileiro foi quem mais dores de cabeça deu aos insulares. No meio das oportunidades criadas rematou à barra e ainda às malhas laterais da baliza de Riccardo Piscitelli.
O golo do Nacional da Madeira surgiu no último lance da partida por Róchez. Não houve tempo para mais.
Os adeptos do Paços de Ferreira teriam ficado em êxtase com o primeiro golo do sul-africano. Um clássico remate de bandeira, que quando calha bem não falha. O segundo é pleno de oportunidade, num remate rasteiro que o guarda-redes não viu.
O Nacional da Madeira somou a quarta derrota seguida e voltou a mostrar algumas debilidades defensivas. Em Paços de Ferreira a equipa de Luís Freire foi muito macia no setor mais recuado.
Iancu Vasilica não foi uniforme no jogo. Teve um critério mais largo na primeira parte que no segundo tempo. O auxílio do VAR Nuno Santos nem sempre foi o melhor. O Nacional da Madeira teve algumas queixas.