Insistir em sair curto ou bater longo? A resposta de Bruno Pinheiro a uma discussão antiga

Sempre que uma equipa sofre um golo no seguimento de um erro na tentativa de sair curto, é certo que se vai instalar a discussão, seja no café ou nas redes sociais. Ainda para mais quando o confronto é entre uma equipa na teoria menos favorita contra um «grande», com muitos adeptos a condenarem a opção, sendo que também há quem a defenda «até à morte».

Essa saída curta, muitas vezes até com a intervenção do guarda-redes, é uma das imagens de marca do Estoril de Bruno Pinheiro, mas acabou por custar um golo no Estádio da Luz, depois de um erro de Hugo Gomes. O zerozero aproveitou a situação para questionar o técnico sobre a velha discussão e este não teve dúvidas: «tem nos dado muito mais do que nos tem tirado».

Golo de Gonçalo Ramos nasceu de um erro na saída de bola ©Kapta+

O treinador do Estoril abordou também a «adaptação ao adversário» que muitos adeptos exigem muitas vezes às equipas «pequenas» sempre que enfrentam um «grande», garantindo que tem muito que se lhe diga, e explicou as razões que levaram o Estoril a «bater muitas bolas na frente», apesar da tal saída curta habitual.

«A questão de adaptação ao adversário, depende da interpretação. O jogo tem relações numéricas. Se o adversário nos dá vantagem numérica mais perto da nossa baliza, se vamos bater a bola e tenho inferioridade numérica, o adversário se calhar é mais rápido, é mais alto, mas forte fisicamente, ainda por cima joga de frente, tem sempre mais vantagem», explicou.

«Hoje até batemos muitas bolas na frente, mas tínhamos igualdade numérica. Naquele momento o jogo pedia para sair curto. Saiu mal, houve uma má execução, pagámos com o golo, mas faz parte da personalidade da equipa e não vamos abdicar da forma como temos jogado até aqui», finalizou.