O Plano de Recuperação e Resiliência do Governo (PRR) do Governo está em consulta pública até ao próximo dia 1 de março e este exclui qualquer referência à atividade física e ao desporto o que levou as várias Federações (Futebol, Andebol, Voleibol, Patinagem e Basquetebol) a unirem-se e emitirem um comunicado onde apresenta várias medidas que deem «uma resposta específica para o Desporto por aquilo que ele vale para o todo social».
A nota oficial começa por referir o conteúdo da «recentíssima Resolução do Parlamento Europeu, de 10 de fevereiro de 2021, sobre o impacto da covid-19 na Juventude e no Desporto (2020/2864(RSP), que evidencia o efeito devastador no Desporto e nos setores e indústrias com ele relacionados», deixando ainda críticas à «opção política das autoridades portuguesas de não integrar no PRR qualquer referência à atividade física e desportiva», algo que não acontece noutros países.
Por isso mesmo, as cinco Federações que assinam o documento apresentaram, no âmbito do processo de discussão e auscultação pública do PRR, um conjunto de medidas que têm enquadramento nas três dimensões estruturantes desse Plano: a Resiliência, a Transição Climática e a Transição Digital.
Desta forma, as Federações recomendam ao Governo, entre outras medidas, que crie «um fundo especial de apoio ao desporto, para apoiar a revitalização financeira dos clubes e associações desportivas devido ao impacto da pandemia da doença covid-19», «implemente um plano integrado para a atividade física
e desportiva em estreita colaboração com as autarquias, as federações desportivas e os diferentes níveis de ensino, incluindo as pessoas portadoras de
deficiência», crie um programa que promova o emprego para jovens licenciados na área do desporto e «mapeie e caracterize os equipamentos desportivos
existentes», implementando um plano para construção de Infraestruturas Desportivas seguras e sustentáveis».
O PRR, para aceder às verbas comunitárias pós-crise da covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, num total de 13,9 mil milhões de euros a fundo perdido, isto é, dinheiro que o país não terá de devolver. Está em consulta pública até 1 de março e os cidadãos são convidados a contribuir e participar no plano, como foi feito agora pelas Federações através deste comunicado.