Encada decidiu jogo de reencontros e o efeito José Mota continua em Matosinhos

Dois jogos de José Mota, duas vitórias para o Leixões. A equipa de Matosinhos recebeu, na manhã deste sábado, o GD Chaves por 1x0, num encontro de muitos reencontros na LigaPro: José Mota a reencontrar o Chaves, que orientou a época passada; Carlos Pinto a reencontrar o Leixões, que orientou... a época passada.

Neste autêntico jogo de xadrez, com poucas verdadeiras oportunidades de perigo, a frieza e estratégia leixonense acabou por fazer a diferença, permitindo que o Leixões cave um fosso em relação à zona de descida. Já o Chaves pode ficar ainda mais longe dos lugares de subida..

A frieza contra a organização

Os primeiros minutos no Estádio do Mar foram de muita cautela. Com poucas mexidas em relação aos últimos jogos (Kiki foi a novidade no Leixões, Guzzo e Luís Silva no Chaves), as duas equipas estudaram-se, ajustaram-se e não arriscaram um milímetro, sob pena do adversário aproveitar eventuais erros. Algo que mudou com o passar dos minutos numa primeira parte que foi aquecendo aos poucos.

José Mota voltou ao Mar 10 anos depois ©Rogério Ferreira / Kapta+

E foi através desse domínio que o Chaves assumiu as rédeas do encontro, tendo várias oportunidades num curto espaço de tempo. Valeu, nessas ocasiões, o eterno Beto ao Leixões, com defesas seguras. E como diz o ditado... quem marca, sofre. Foi o que aconteceu aos 40´, com Encada a aproveitar o cruzamento de Kiki, na esquerda, para fazer o 1x0 com que o jogo foi para o intervalo.

A melhor defesa é mesmo o ataque

Carlos Pinto não ia gostando do que via do seu Chaves e não perdeu tempo: ao intervalo lançou Niltinho, Batxi e Roberto, alterando o sistema de jogo da sua equipa para um 4x4x2 claro.  E os efeitos foram quase imediatos, com dois lances duvidosos em que foi pedido penalti para o Chaves e com os flavienses a subirem linhas em busca do empate.

Mas efeitos práticos... nem vê-los. A equipa transmontana tinha mais gente na frente, mas a bola continuava a não chegar às decisões, já que o Leixões tapava todos os caminhos até à baliza de Beto. E sempre que podia até criava perigo, como foi o caso do cabeceamento muito perigoso de Nenê aos 52´, valendo uma enorme defesa de Paulo Vítor nessa ocasião.

O tempo não parava e ia beneficiando o Leixões... que ia tendo José Mota a gerir com pinças as substituições. As paragens eram muitas e os Bebés do Mar tinham o jogo congelado e controlado, nunca abdicando de procurar o 2x0. O Chaves nunca se conseguiu aproximar com maior insistência da baliza contrária e Avto até podia ter matado o jogo nos últimos 10 minutos, demorando muito a rematar e perdendo o timing para assistir Rui Pedro, que acabou por permitir a defesa a Paulo Vítor.

Até final, o Chaves apostou no chuveirinho para continuar a sonhar com o empate, mas o Leixões geriu... da melhor forma possível: atacando, tentando o 2x0, aproveitando a vantagem numérica após a expulsão de Guedes e defendendo com toda a alma da equipa. Resultou mesmo e José Mota somou a segunda vitória em dois jogos neste regresso ao Leixões.