moumu 26-04-2024, 03:12
*com Diogo Reigota
O futebol é, sem dúvida, uma modalidade enraizada na cultura portuguesa e, por consequência, essa paixão pelo jogo começou a replicar-se nas gerações mais novas através dos videojogos, nomeadamente o FIFA, que dá a possibilidade de controlar virtualmente os craques do futebol que nos habituamos a ver jogar na vida real.
Com o passar dos anos, a tecnologia foi evoluindo cada vez mais e este tipo de videojogos começou a ser mais competitivo com a banalização da internet. As noitadas contra amigos nas mesmas consolas foram sendo cada vez mais substituídas pelo jogo online, que teve uma explosão gigante na última década, criando a figura do jogador profissional de FIFA, assim como o aparecimento das equipas de e-sports (desportos virtuais) em várias organizações e clubes de futebol.
Neste momento, todos os clubes da I Liga (com exceção do Benfica) são representados no FIFA por jogadores na sua maioria com contratos profissionais. A FPF tem assumido a tutela desta modalidade, organizando vários torneios a nível nacional, com prémios que têm vindo em crescendo ao longo dos últimos dois anos. Alguns destes jogos são vistos por mais de 10 mil espectadores, números que ultrapassam as assistências de grande parte dos estádios portugueses em jogos de futebol na vida real.
Para tentar descobrir mais sobre este mundo, conversámos com Joel Pereira, Diretor-Geral das modalidades do SC Braga, onde a secção de e-sports, exclusivamente dedicada ao FIFA, é «tratada dentro do clube como outra modalidade qualquer» e onde se «exigem os mesmos valores que a qualquer outro atleta que represente o clube». Os bracarenses são bicampeões nacionais da modalidade.
Sendo ainda uma modalidade em crescimento comparado com outros países, o jogador profissional de FIFA em Portugal ainda sente muitas dificuldades em viver apenas do jogo. Para conhecer o desafio da profissão no nosso país falámos com João Vaz, jogador profissional do clube bracarense e que foi campeão nacional logo no primeiro torneio em que representou o clube, da e-Liga, torneio organizado pela Liga Portugal, que viu a sua terceira edição concluída no passado dia 30 de dezembro, com um total de 50 mil euros - compare-se com os 5 mil da edição que terminou em junho passado. O SC Braga alcançou as meias-finais, falhando a revalidação do título. O jogador explica-nos os desafios da profissão que desempenha com bastante sucesso e que tem conciliar com o facto de ser também professor de educação física, jogador e treinador de futebol e também de ténis.
Embarque connosco nestas duas conversas com os bracarenses.