O dono da braçadeira foi o destaque numa noite tranquila, que o próprio ajudou a resolver. A grande penalidade convertida foi o mote para um jogo controlado, já a pensar no futuro. Depois disso, o capitão ajudou a ter posse, conseguiu segurar o domínio e também esteve presente no processo defensivo, quando o Nacional se aventurava na frente. Destaque para a marca de cinco golos marcados na Liga, que ultrapassa o seu recorde pessoal.
O maliano até teve um jogo à sua medida, em que o adversário concedia espaço nas costas. Conseguiu explorar essa opção, com o seu golo a surgir num desses lances. Mais do que o golo, foi capaz de executar ao máximo algo que Sérgio Conceição pede regularmente, com a pressão na defesa adversária. Marega ajudou a originar vários erros do Nacional e teve uma exibição bem conseguida.
Tem sido uma presença habitual nos destaques do FC Porto e não é dificíl perceber porquê. O médio brasileiro voltou a realizar uma exibição de alto nível e em todo o terreno. O camisola 25 ataca, defende e só foi substituído aos 70 minutos porque a partida esteve, durante grande parte do tempo, controlada. Muito acertivo no critério do passe, criou várias roturas, inclusivamente para Taremi, tendo uma delas terminado com a grande penalidade sofrida.
Ganhou uma grande penalidade, assistiu e só faltou o golo para ter tido direito um dos lugares a brilhar. Ainda assim, e numa noite onde o ataque portista não teve a velocidade que costuma ter, o iraniano foi competente, soube quando atacar a profundidade e quando segurar a bola. Foi o segundo a ser substituído, talvez a pensar na gestão, mas deixou em campo uma nova boa exibição.
Não é novidade que Riascos é um autêntico poço de força e que é capaz de lutar durante 90 minutos. Numa partida em que ia ser sempre prejudicado pela estratégia, o avançado ainda tentou muito, principalmente na segunda parte. Imprimiu muita velocidade e levou a bola para a frente, mas sempre pouco acompanhado.
O lateral voltou a ser escolhido para o onze, a primeira na Liga NOS, e conseguiu convencer, realizando uma nova exibição conseguida. Muito envolvido no ataque, esteve várias vezes em destaque com cruzamentos e a típica profundidade, que beneficia da sua velocidade. Em disputa por um lugar com Manafá, o lateral voltou a ganhar pontos.
Não se pode dizer que o FC Porto tenha sufocado o Nacional, mas isso deve-se, em parte, aos facilistimos dos insulares, com Pedrão como figura principal. O defesa central mostrou várias dificuldades em mostrar segurança, somando erros, ora na saída de bola, ora com cortes defeituosos. Muito longe das exibições que produziu no início da temporada. A grande penalidade nasceu de uma má abordagem sua.
O problema no centro do terreno do Nacional não ficou apenas limitado à pouca segurança da dupla de centrais. O médio defensivo também não foi feliz, ainda para mais tendo a responsabilidade de ajudar na construção, uma tarefea nunca feita de forma segura. Num mau domínio, isolou Marega para o segundo golo dos dragões, o reflexo de uma noite de vários erros individuais dos insulares.
2-0 | ||
Sérgio Oliveira 21' (g.p.) Moussa Marega 39' |