moumu 26-04-2024, 03:12
O futebol está de luto. Vítor Oliveira, o histórico treinador português, conhecido por todos como o Rei das subidas, deixou-nos aos 67 anos. Um homem de caráter, diferenciado, que fazia bem ao futebol e que era, para muitos, um exemplo. Simples e irreverente, construiu, durante a sua vida, um percurso respeitável.
Antes da impressionante carreira como timoneiro, o então jovem natural de Matosinhos deu início ao seu percurso no futebol como jogador no clube da sua terra, o Leixões. Com apenas 19 anos, Vítor Oliveira cumpriu um sonho e começou a escrever uma história a quem muitas alegrias estavam reservadas.
Demorou pouco a alcançar o seu primeiro grande feito, aquele pelo qual acabaria por ser tão reconhecido: a subida para o principal escalão. Foi ao serviço do Paços de Ferreira, cinco anos depois da primeira experiência como treinador. Em quase três décadas, contam-se também passagens por Maia, Gil Vicente, Vitória SC, Académica, União de Leiria, SC Braga, Belenenses, Rio Ave, Moreirense, Leixões, Trofense, Arouca, União da Madeira e Chaves. 16 clubes clubes, todos portugueses, tendo sempre recusado experiências no estrangeiro por opção pessoal. Qualidade não faltava.
Em 2019/20, a temporada que seria a sua final da carreira, voltou a Barcelos, no regresso do Gil Vicente ao principal escalão. Numa situação especial, com uma equipa criada, praticamente, de raiz, Vítor Oliveira foi capaz de conduzir a equipa a uma manutenção que muitos acreditavam ser uma tarefa impossível no início da época. Na conferência de despedida, deixou o futuro em aberto, garantindo que, «no futebol, seria de certeza». Não teve oportunidade de o fazer, por escolha, porque propostas não faltaram.
De discurso fácil (muitas declarações marcantes) e uma acessibilidade que é cada vez mais rara no futebol, Vítor Oliveira deixa um legado marcante no futebol português.