Vic-54 26-04-2024, 08:15
Não há que ter vergonha de perder contra uma das melhores equipas do mundo e uma das quatro que pode ser campeã europeia em dezembro. Principalmente quando os jogadores são melhores, mais experientes e com mais tarimba. É esta, acima de tudo, a lição que o FC Porto tem de levar de Paris, depois de perder com o PSG por 29x28... num jogo que até podia ter tido outra história nos minutos finais.
Depois da derrota no Dragão Arena, o campeão português foi à capital francesa em busca da felicidade. Depois de 50 minutos em que o adversário foi melhor, a equipa lusa acabou por deixar o ar da sua graça e obrigou o Paris SG a suar nos minutos finais. A experiência acabou por fazer a diferença.
Se, na teoria, a tarefa voltava a ser hercúlea para a equipa de Magnus Andersson, na prática confirmou-se. Os primeiros minutos deste Paris SG x FC Porto até foram equilibrados, com os dragões a acompanharem os franceses no marcador até aos cinco golos, mas um parcial de 3x0 (entre o 7x5 e o 9x5) a favor dos campeões gauleses desequilibrou definitivamente a partida.
Os azuis e brancos iam tremendo na altura de encarar, frente a frente, Vincent Gerard - guardião dos parisienses que acabou a primeira metade com 45 por cento de eficácia nas defesas - e não conseguiam suster o embalo ofensivo do adversário comandado por Mikkel Hansen e companhia. E essas falhas, juntando à anulação quase perfeita ao processo ofensivo portista, foram-se refletindo no placard...
Os últimos minutos foram de tentativa de aproximação para o FC Porto, mas sem grande efeito já que, ao intervalo, se verificava um 15x11 a favor da equipa da casa. Quatro golos de diferença que complicavam o sonho luso em Paris... e que atrapalharam a reação na segunda metade.
Depois do intervalo, já com Quintana na baliza, o FC Porto começou a apostar, a espaços, no seu habitual 7x6 + GR. Mas contra este tipo de experiência qualquer estratégia é perigosa e ao mínimo erro o Paris SG ou marcava... ou ameaçava. O melhor que os portistas conseguiram, em termos de resultado, foi reduzir para um mínimo de quatro golos, mas este jogo era mesmo para o Paris SG.
A equipa de Raúl González quase nunca perdeu o controlo do jogo, e mesmo com a eficácia de Gerard a baixar na segunda parte, havia Mikkel Hansen e a sua extraordinária capacidade nos 7 metros. E havia, acima de tudo, a experiência, qualidade e nível dos adversários, que acabou por fazer a diferença em dada altura decisiva da segunda parte. Reparou que escrevemos o quase quando falámos no controlo? Pois bem... o FC Porto ainda sonhou.
Numa fase em que o Paris SG queria matar, definitivamente, o jogo através do 7x6 + GR - tantas vezes usado, exemplarmente, pelo FC Porto -, a equipa da Invicta aproveitou algum desleixo e aproximou-se de forma surpreendente nos minutos finais. Um parcial de 0x4 fez sonhar o dragão, mas, nos momentos chave, a felicidade não quis nada com os portistas...
29-28 | ||