A cumprir a sexta temporada ao serviço do Benfica, Adel Taarabt não tem dúvidas que a chegada à Luz foi a melhor coisa que lhe aconteceu na carreira. Em declarações ao jornal Record, o internacional marroquino recordou o início da sua carreira e abordou ainda os momentos menos bons que passou no Benfica, em que esteve quatro temporadas sem ser opção regular [duas delas emprestado ao Génova].
Questionado acerca da sua carreira, e se esta podia ter sido melhor, o médio dos encarnados foi claro: «Sem dúvida. O Luka [Modric] costumava chamar-me Zizou, porque dizia que eu era como Zidane. A pressão não me ajudou. Estava em Inglaterra e lá não era como o Benfica. Contrataram-me e eu tinha de ser profissional por mim mesmo. Não havia ninguém a dizer-me não ou a dizer-me que tinha de ir ao ginásio fazer trabalho extra. Era jovem, vivia sozinho em Londres, uma cidade onde acontecem muitas coisas. Tive um treinador no Queens Park Rangers que às vezes me dizia: ‘Não venhas treinar. Aparece no jogo e ganha’. Isto com 19 ou 20 anos. Quando assinei pelo Benfica, em 2015, vim com essa mentalidade. E percebi que aqui as coisas são diferentes [...]», afirmou o jogador encarnado, recordado os dois anos que passou na equipa B.
«Estava em Lisboa, ia treinar com a equipa B e depois para casa, para ver futebol. Fiquei quase sem amigos. Quando estás no topo todos são teus amigos; quando estava em baixo, não havia ninguém ao pé de mim...[...]. E o meu pai diz: ‘Adel, o melhor que te aconteceu foi teres assinado pelo Benfica e teres vivido aqueles momentos’. E a verdade é essa: o Benfica foi a melhor coisa que me aconteceu», acrescentou Taarabt, revelando que Tiago Pinto, Rui Costa e, principalmente, Bruno Lage foram os responsáveis que o que levaram a ter o 'clique' para a mudança de atitude.