Luís Filipe Vieira revelou a razão que levou ao corte de relações com o presidente do FC Porto, Pinto da Costa. Em entrevista no programa Trio d'Ataque, o dirigente encarnado contou um episódio que envolveu Pedro Proença.
«Houve um encontro entre mim e o Sr. Jorge Nuno e pus a condição, nessa reunião - e durante três semanas ninguém soube que tínhamos reunido -, que nem o FC Porto, nem o Benfica, tivessem alguém nos órgãos sociais da Liga de Clubes. E a primeira pessoa que me falou foi o Jorge Neto, mas disse-lhe que o homem era portista, não podia ser. Liguei ao Luís Duque, disse que estava com o Pinto da Costa e passei-lhe o telefone. Foi ali que foi escolhido o presidente da Liga. E o presidente da Assembleia-Geral ou era do Braga, ou do Vitória», começou por contar.
«Andámos numa paz. O que cortou esta relação? Um dia, o sr. Pedro Proença entra no gabinete, diz que vai sair da arbitragem e que se ia candidatar a presidente da Liga. E eu, "como é possível?", e ele disse que tinha o apoio do FC Porto. A partir daí, nunca mais falei. Isto é verdade, não há ninguém que possa desmentir. Depois, a pedido do presidente da FPF, entendemos que devíamos ir falar com o primeiro-ministro», explicou.
Questionado acerca de uma possível retoma de relações, Luís Filipe Vieira foi irredutível: «De certeza que é impossível. Eu assumo sempre a palavra e quando do outro lado não é cumprida, não vale a pena. Só se for numa situação drástica, como foi esta da pandemia. Logicamente que tínhamos interesses comuns e tenho de falar com as pessoas».