É uma competição única, por ser democrática, por permitir o mais louco e utópico dos sonhos, por dar visibilidades aqueles que têm pouca ou nenhuma. A Taça de Portugal é uma prova querida do futebol português e não são todos aqueles que têm a oportunidade de a vencer, muito menos em dois papéis tão importantes como são os de jogador e de treinador.
Treinador | Vitórias Jogador | Vitória Treinador |
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F. Caiado | 1953, 1955, 1957 e 1959 | 1962 |
Juca | 1954 | 1963 |
Pedroto | 1956 e 1958 | 1968, 1975, 1976, 1977 e 1984 |
José Augusto | 1962, 1964 e 1969 | 1970 |
Mário Lino | 1963 | 1973 e 1974 |
António Morais | 1956 e 1958 | 1984 |
João Alves | 1975, 1976, 1981 e 1983 | 1990 e 1997 |
Artur Jorge | 1970 e 1972 | 1991 |
Toni | 1969, 1970, 1972, 1980 e 1981 | 1993 |
António Oliveira | 1977 e 1982 | 1998 |
António Sousa | 1984 e 1988 | 1999 |
Paulo Bento | 1990, 1996 e 2002 | 2007 e 2008 |
Pedro Emanuel | 1997, 2003, 2006 e 2009 | 2012 |
Sérgio Conceição e Nélson Veríssimo já tiveram o prazer de conquistar a prova rainha do futebol português como jogadores. O primeiro já sabe, até, o que é levantar o caneco de azul e branco. O segundo nunca experimentou a sensação de Águia ao peito. Ainda assim, uma coisa é certa: um deles tornar-se-á neste sábado o 14º jogador-treinador-campeão da Taça.
Tendo jogado apenas as primeiras duas épocas da sua carreira profissional num grande, no Benfica, neste caso, Veríssimo passou por dois dos emblemas que mais fizeram pelo prestígio da Taça de Portugal: Académica e Vitória Futebol Clube. Com a Briosa não teve em equipas vencedoras, com os sadinos foi a duas finais e ganhou uma delas, ao campeão nacional acabadinho de ser coroado. Isso mesmo, o tal clube que foi também a primeira casa.
Ao contrário do homólogo benfiquista, Sérgio Conceição participou durante várias épocas na Taça com um crónico candidato. Titular na final de 1998 que lhe deu o único caneco, o antigo extremo fez mesmo uma assistência na partida, tendo Aloíso aproveitado para abrir mais uma tarde de domínio e hegemonia portista.
Ainda assim, Sérgio Conceição, enquanto treinador, tem um percurso bastante diferente na Prova Rainha. Se Veríssimo apenas assistiu do banco aos jogos, na função de adjunto, Conceição já conta com algumas experiências em momentos decisivos e dolorosos. O atual técnico do FC Porto já perdeu uma meia-final nos penáltis, há dois anos, uma final nos penáltis, na época passada, e uma final nos penáltis depois de ter dois golos de vantagem a cinco minutos do último apito.
Para Veríssimo, este será um último teste de fogo. O técnico, que ainda não perdeu desde que assumiu o lugar de Bruno Lage, tentará imitar o feito de Fernando Caiado, adjunto que, em 1962, assumiu o lugar do mítico Béla Guttmann, no último jogo da época. Acabou bem para a Águia, na altura, mas estes são tempos mesmo muito diferentes no Estádio da Luz...
1-2 | ||
Carlos Vinícius 84' (g.p.) | Chancel Mbemba 47' 58' |