O último treinador numa época atípica? Este é Artur Jorge, a representação do ADN bracarense

*com Pedro Gomes

No mesmo dia que sai Custódio, eis que é anunciado Artur Jorge. Mesmo que este só deva ficar à frente do comando técnico da equipa até ao final da temporada (faltam disputar cinco jogos), ninguém na cidade de Braga fica indiferente a tudo aquilo que o ex-futebolista representa para o clube. 

Artur Jorge SC Braga [Jun.A S19] 2019/2020

26 Jogos
16 Vitórias
10 Empates
0 Derrotas

62 Golos
19 Golos sofridos

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Terminou carreira em 2004 e regressou aos arsenalistas em 2010, desta vez na condição de treinador. No ano anterior, tinha representado o Famalicão. Voltou a sair (com passagens pelo Tirsense e Limianos) e voltou novamente em 2017 para o comando técnico dos iniciados. Desde aí, tem sido sempre a subir. Mas já lá vamos. 

Passagem de valores para o filho

Artur Jorge com o filho ©D.R

Pai e filho viriam mesmo a encontrar-se no mundo do futebol. Onde? Pois claro, no local que os une. Foi na época 2011/2012, nos juniores do Braga, que o progenitor acabou por treinar o seu próprio rebento. 

Naturalmente, depois do caminho de ambos se ter cruzado, voltaram a separar-se mais tarde e cada um seguiu o seu trajeto.

Subida de escalão em escalão e o grande desafio

Artur Jorge esteve apenas uma temporada nos iniciados e, após um quarto lugar na fase final do escalão de sub-15, deu o salto para os juniores, que já tinha representado anos antes de ter saído.

©Carlos Alberto Costa

Antes de ser anunciado como técnico da equipa principal do Braga, Artur Jorge era um dos nomes mais fortes para assumir a equipa sub-23, o que acabou por não acontecer. Agora, enfrenta um desafio não será nada fácil. Tem cinco batalhas até ao final do campeonato e o objetivo é claro: alcançar o Sporting na tabela classificativa. Dificuldades acima e problemas em baixo porque o Rio Ave aproximou-se com o triunfo da passada terça-feira (4x3) e o Famalicão também está à perna. 

Será preciso um Braga diferente dos jogos pós-paragem, mas uma coisa é certa: no que toca a empenho e ‘sentir a camisola’ existem poucos como Artur Jorge. Resta saber se tem o resto para conduzir o clube às vitórias.