*com Pedro Gomes
Um jogador de futebol de alto nível tem, por norma, milhares de seguidores e um poder de alcance gigante. E esse alcance pode ser utilizado para diversos fins. O exemplo perfeito de como devemos aplicar esse mediatismo da melhor maneira foi dado recentemente através de Marcus Rashford, jogador do Manchester United.
A hero. An inspiration. One of our own.
We are so proud of you, @MarcusRashford ❤️ pic.twitter.com/haAb0m2I4u
— Manchester United (@ManUtd) June 16, 2020
Com a pandemia do COVID-19 a afetar o mundo inteiro, várias famílias têm dificuldades em trazer comida para casa. No Reino Unido, como as cantinas das escolas se encontram fechadas, o governo britânico decidiu oferecer cupões de acesso a alimentos às crianças de famílias mais desfavorecidas. Contudo, esse apoio terminava no final do mês, isto porque o período letivo também cessa e começam as férias escolares. E é aqui que entra Marcus Rashford.
«Eu sei o que é ter fome», escreveu o camisola 10 numa carta aberta publicada no jornal The Times (e nas suas redes sociais) onde fez um apelo ao parlamento britânico para que os apoios a mais de 1,3 milhões de crianças se prolongassem pelo verão.
A mensagem foi partilhada por milhares de pessoas e, um dia depois, Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, veio anunciar que o Estado vai continuar a ajudar as crianças que mais precisam, num investimento total de 120 milhões de libras (cerca de 134 milhões) para que possam continuar a ter acesso a alimentação grátis.
Desde o início do confinamento que o inglês está associado a este tipo de causas e, após o anúncio da decisão do governo britânico, foram várias as entidades a congratular a atitude humanitária do jogador.
Dias antes, juntou-se à iniciativa da Fareshare e, pouco tempo depois, anunciou a angariação de 23 milhões de euros que reverteram em comida para crianças desfavorecidas. Rashford voltou a mostrar toda a sua bondade, num gesto que influencia a vida de centenas de milhares de crianças, naquela que deve ser uma luta de todos.