A continuidade de Pedro Proença na liderança da Liga Portugal tem sido posta em causa nas últimas semanas. O presidente do organismo tem sido contestado por vários dirigentes, principalmente depois de ter enviado uma carta a Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, no sentido de este interceder a favor do cenário de jogos em sinal aberto, supostamente sem o conhecimento dos clubes e das operadoras.
Nesse sentido, Carlos Pereira, presidente do Marítimo, considera que Pedro Proença deixou de ter condições para continuar na liderança da Liga Portugal.
«Penso que todos os clubes vão manter a sua decisão ou aquilo que tem sido mais do que discutido que é o fim da linha. A liderança foi uma das coisas que foram postas em causa e a sua alteração de comportamento constante também. Penso que esse estilo e essa liderança não se compram, mas sim conquistam-se. Se não conquistou, não é agora em tão pouco tempo que vai conquistar», referiu em declarações ao jornal O Jogo, realçando a importância da relação com os patrocinadores.
«A grande preocupação dos clubes é escolher uma pessoa que tenha equilíbrio, perfil de liderança forte, mas é muito importante que esse estilo de liderança tenha um bom relacionamento com os clubes, com a FPF, com o Governo, mas essencialmente com os nosso patrocinadores, que são eles quem garante a nossa continuidade», acrescentou o dirigente madeirense, dando a liderança da Federação Portuguesa de Futebol como exemplo.
«Se copiarmos 50 por cento daquilo que faz a FPF, já estaríamos muito felizes [...]. Ter uma boa relação com a FPF, face à sua liderança que hoje existe na FPF, mas que não seja um pau mandado da Federação, mas sim que tenha ideias próprias», concluiu Carlos Pereira.