Pilares de candidatura, origem da dívida e a pergunta para Nuno Lobo: «Onde está a democracia no FC Porto?»

Nuno Lobo, à semelhança do que já tinha feito José Fernando Rio, deu uma entrevista ao jornal Record, onde abordou vários temas atuais do FC Porto e voltou a apresentar as propostas de candidatura das eleições dos próximos dias 6 e 7 de junho.

Depois de já ter apresentado os seus pontos-chave numa conversa com a página Espaço Portista, (que pode ver aqui) o candidato da lista B falou da falta de democracia no clube, da sponsorização e ainda deixou uma bicada ao rival da Luz.

As propostas: «Primeiro, queremos equilibrar as contas, porque sem equilibramos as contas não vmos a lado nenhum, não podemos investir na equipa de futebol. Segundo, fazer uma aposta muito forte na formação é essencial. Tivemos uma equipa que ganhou a Youth League na época passada, quantos jogadores se aproveitaram? Há a promessa antiga do centro de estágio, da academia, onde é que eles estão?»

Ausência de debates: «Como é que a candidatura de Pinto da Costa não quer um debate? Como é que uma candidatura até ao dia de hoje ainda não apresentou qualquer proposta? Onde é que está a democracia? Temos um Porto Canal que não diz quase nada sobre as eleições. Não há ninguém que convide os candidatos José Fernando Rio e Nuno Lobo para debates. Onde está a pluralidade de ideias, a democracia, a liberdade de expressão, o direito a que o mundo do FC Porto nos conheça?»

Origem da dívida: «As contas estão disponíveis na CMVM e dá para ver o buraco. Temos assistido cada vez mais ao depauperar da equipa. Antigamente, no FC Porto não aconteciam coisas como as que assistimos agora nas contratações, nas saídas a custo zero de jogadores como Brahimi e Herrera... Como é possível ter deixado sair Rúben Neves, Gonçalo Paciência, Galeno, ter emprestado o Diogo Queirós e pagar para ter de volta Marcano? Dantes éramos reis e senhores e fazíamos muitos milhões.»

As modalidades: «As modalidades têm de estar assentes em modelos de autossustentação, através de uma sponsorização. Sabemos que uma equipa de futsal vai custar x, uma equipa de andebol ou voleibol masculino vai custar x. Não podemos canalizar o dinheiro que veio para o futebol para essas modalidades. Têm de ter alguém competente por trás.»

Sponsorização: «É umas das principais apostas em que o FC Porto tem de pensar, temos no nosso programa, é o futuro. O naming no Estádio do Dragão, por exemplo, tivemos esse modelo no Dragão Arena, temos um Museu que é BMG, tem de haver essas parcerias.»

Outros pilares: «Queremos proximidade com os sócios, recuperar modalidades como o voleibol masculino e a pesca, por exemplo. Faremos tudo para que as pessoas da cidade de juntem ao FC Porto. Outra ideia que temos passa por aproveitar o Estádio do Dragão no período de férias, dando a possibilidade de os jovens poderem lá estar.»

Retoma do campeonato: «O FC Porto deveria ter feito força, tínhamos de ser declarados campeões nacionais. Não se trata de ganhar na secretaria, porque senão vamos falar nos casos dos túneis, o castigo do Brahimi... O FC Porto está na frente, ganhou cá e lá, daí que deveria ser declarado campeão. Se me pergunra se este campeonato está contaminado e viciado? Claro que está.»