A estratégia da Sanjoanense para o desejo europeu: «Itália e Espanha estão muito ligadas à indústria desta cidade»

A Sanjoanense conseguiu ficar em posição de competições europeias, com o oitavo lugar alcançado na altura em que o campeonato foi interrompido. O zerozero ouviu Vítor Pereira, treinador dos alvinegros, que garantiu que esta pode ser uma boa oportunidade para a Cidade do Trabalho 'vender' a imagem que ostenta, na Europa da modalidade.

Trinta anos depois, a Sanjoanense, que já venceu uma Taça das Taças em 86, ficou em posição para disputar a Taça WS Europe da próxima temporada e Vítor Pereira falou num lugar justo: «A Sanjoanense fez um bom campeonato e penso que é justo este apuramento para a Europa. Tínhamos feito uma primeira volta muito boa, nesta altura já tínhamos defrontado grande parte dos adversários 'ditos' fortes e mais complicados. Sabíamos, que essa posição dava uma qualificação para uma prova europeia, por isso seria o realizar de um sonho que tínhamos e que ficou um bocado escondido».

Um sonho escondido e difícil de lembrar: «Um apuramento trinta anos depois, muitos dos nossos jogadores nem eram nascidos. Eu jogava nas camadas jovens quando isso aconteceu e para mim é um orgulho fazer parte deste trajeto».

Vítor Pereira lançou o desafio aos industriais de S. João da Madeira ©Facebook AD Sanjoanense

No entanto, e depois de atingir o sonho, a realidade é dura e difícil: «Esta decisão tem de ser ponderada, esta pandemia trouxe uma coisa diferente, à economia geral, à economia que os clubes vão ter repensar. Vamos ver se há viabilidade, obviamente que queremos muito ir, os nossos adpetos merecem mais que tudo esta participação, mas temos muito que pensar». É de recordar, por exemplo, que na época passada Paço D'Arcos, Valongo e Riba D'Ave abdicaram todos de participar na Taça WS Europe.

O período pode ser de reflexão, mas Vítor Pereira apontou uma solução: «É uma boa oportunidade para vendermos a marca hóquei em patins da Sanjoanense e mesmo o nome de S. João da Madeira ser levado à Europa de uma forma diferente».

A forma diferente de vender a Cidade do Trabalho, na ótica do técnico de 46 anos, tem uma estratégia: «Itália e Espanha estão muito ligadas à industria de S. João da Madeira. Vamos buscar muita matéria-prima, como peles e couros a cidades espanholas, vendemos sapatos a Itália, vamos a feiras a Milão, porque não mostrar que temos também uma equipa de hóquei em patins, que tem a mesma génese dos nossos industriais: Muito empenho, dedicação e trabalho».

Sanjoanense ficou em oitavo lugar na 1ª Divisão ©Facebook AD Sanjoanense

O treinador dos sanjoanenses desafiou os industriais locais: «O nosso setor empresarial tem de nos ajudar para tornar este sonho possível. O nosso município tem de apostar na divulgação do nome de S. João da Madeira. Só com apoios extras, além daqueles que já temos é que iremos conseguir esse objetivo europeu».

Vítor Pereira voltou a colocar a Sanjoanense na 1ª Divisão, depois de ter sido campeão nacional da 2ª Divisão.