Elvis Évora somou 163 internacionalizações ao serviço de Portugal e este nos dois pontos altos da nossa história recente: os apuramentos para os Europeus de 2007 - histórico 9º lugar - e 2011. Em declarações ao site da FPB, o poste recordou esses momentos.
«Em 2007 era tudo novo, era uma motivação enorme. Em 2011 já conhecíamos a prova e apesar de estarmos motivados, isso nem sempre traz benefícios. Tínhamos outra perceção das coisas e a consciência que havia uma ou duas equipas que poderíamos “enganar”. Estivemos perto de vencer a Polónia, mas faltou qualquer coisa extra. Não tínhamos o Betinho, o Paulo Cunha, o Francisco Jordão e o Jorge Coelho em 2011, mas em 2007 também não contamos com o Carlos Andrade que merecia ter estado lá», começou por explicar.
«Qualquer jogador sente orgulho em representar a Seleção Nacional, mas há muitas viagens, muitos sacrifícios e jogos difíceis, como por exemplo na Bósnia, onde ganhamos. Mais do que o Europeu, marcou-me a qualificação de 2006», acrescentou.
O antigo poste de Benfica e FC Porto lembrou ainda as dificuldades que a seleção lusa teve de enfrentar nas qualificações e deixou uma palavra sobre os técnicos que lideraram Portugal nos dois momentos.
«Houve uma euforia enorme em torno do primeiro Europeu, mas não deixou de ser um grande feito a qualificação para o segundo de 2011. Ambas as qualificações foram conseguidas contra adversários mais fortes», destacou.
«O Valentyn é das pessoas mais humildes que conheci. Era exigente e fez com que estivéssemos todos juntos. Representou o nosso país como se fosse português. O Prof. Mário Palma tinha uma liderança distinta, mas trabalhamos muito durante o Verão. É integro, tinha uma liderança forte, gostei muito de trabalhar com ele. A campanha até ao Europeu foi espetacular, fomos ganhando muitos jogos na preparação», finalizou.