O favoritismo era deles, mas ninguém esperava a temporada dominante que o Imortal está a realizar na Proliga. O conjunto algarvio segue invicto na prova ao fim de 22 jornadas e garantiu no passado domingo, na Dragão Arena, a primeira posição na fase regular, que garante já o regresso à Liga Placard na próxima temporada.
Quais são as razões para este sucesso? O zerozero falou com o técnico Luís Modesto, que continuou a guiar a equipa apesar da descida de divisão, sobre o projeto algarvio, a força do plantel e os objetivos que o clube ainda tem para esta campanha.
ZZ: Apesar do investimento no plantel - nomes como Nuno Morais, Miguel Toreia, Hugo Sotta ou António Monteiro - e de serem favoritos para a subida, esperava uma campanha deste nível por parte da sua equipa?
Acreditávamos que podia acontecer, não desvalorizando o valor das outras equipas. Temos demonstrado dentro do campo a nossa superioridade. Há duas época tivemos uma campanha semelhante. Tínhamos consciência que o nosso plantel era bom e fizemos um investimento na renovação da equipa, com contratos já a pensar no próximo ano e num grupo forte de atletas portugueses. Não é fácil conseguir manter a equipa focada com resultados, por vezes, desnivelados. Este grupo é muito unido e focado no trabalho, sempre de forma séria.
ZZ: Acredita que este percurso do Imortal na Proliga pode fortalecer o projeto do clube e proporcionar uma campanha mais forte na próxima edição da Liga Placard?
A época foi planeada nesse sentido. No final da última temporada houve muito ruído devido a equipas em incumprimento. O Imortal não se mostrou preocupado com essa situação. Lutamos até ao fim pela manutenção, mas o resultado não foi aquele que tínhamos pensado. O clube esteve muito tempo longe do topo e cometemos alguns erros que foram identificados. O projeto foi repensado e esperamos ter uma equipa mais forte na próxima edição da Liga Placard, não sabendo, claro, a valia dos adversários que vamos encontrar.
ZZ: Com alguma polémica que envolveu a participação do Terceira Basket na Liga Placard e, olhando para o rendimento do clube açoriano - apenas somou desaires, acredita que o Imortal devia ter ocupado esta vaga? A sua equipa tinha condições para ter uma prestação mais competitiva?
Falando a nível pessoal, há regulamentos para cumprir e quem não cumpre deve ser castigado, não tenho mais nada acrescentar. A nível competitivo tivemos a oportunidade de defrontar três equipas da Liga até ao momento, derrotando o Barreirense no Torneio de Albufeira na pré-época. Comparações, até olhando para as diferentes regras [número de estrangeiros], são sempre subjetivas.
ZZ: Conquistada a subida de divisão, que objetivos restam ao Imortal na presente época? Que impacto têm as medidas recentemente tomadas pela Federação Portuguesa de Basquetebol, que suspendeu todas as competições e cancelou a edição 2020 da Festa do Basquetebol Juvenil, em Albufeira, devido à prevenção do Covid-19?
O principal objetivo era a subida de divisão. Depois de ser conseguido, o clube definiu outras duas metas: terminar esta fase só com vitórias e voltar a conquistar o título da Proliga, tendo sempre o fator casa a nosso favor (...) Toda a precaução é pouca na prevenção do Covid-19. As medidas tomadas são necessárias e as pessoas têm que ter consciência e evitar os aglomerados para combater o vírus.