Num jogo quente, saltou uma cabeça fria do banco

Entrou aos 81 minutos e entrou para resolver. O avançado australiano cabeceou com precisão aos 90+1, a cruzamento de Fernando Ferreira, e lançou o Académico de Viseu rumo a um momento histórico para o clube beirão. No primeiro golo que marcou na competição, foi decisivo.

Já tem traquejo de primeiro escalão e isso viu-se a olhos vistos. Aproveitou os quartos da prova-rainha para mostrar a sua qualidade, tanto ofensiva como defensivamente. O lateral direito conseguiu conter a ofensiva do Canelas e impulsionar o ataque do Académico de Viseu através de dribles rápidos e cruzamentos perigosos para a área da equipa adversária. Tem tudo para continuar a ser peça influente de uma equipa muito sólida no segundo escalão e que vive um sonho na Taça de Portugal.

O guardião do Canelas mostrou-se muito seguro na baliza ao parar ofensivas perigosas da equipa adversária e impedindo o Académico de Viseu de saltar mais cedo para a frente do marcador, principalmente durante a segunda parte, altura em que o domínio viseense se tornou mais acentuado. Embora não tenha mantido as redes do Canelas intactas, nota para a boa exibição do guarda-redes brasileiro. 

O lateral esquerdo da equipa de Viseu foi uma peça importante para a vitória alcançada pelo conjunto da casa. Jorge Miguel conseguiu desequilibrar a defesa do Canelas ao lateralizar o jogo várias vezes, potenciando assim um bom ataque do Académico Viseu que aproveitava as debilidades posicionais da equipa do Canelas. Nota para a consistência na linha defensiva, controlando investidas perigosas do ataque do Canelas. 

O muito experiente médio esteve algo desaparecido no jogo ao não conseguir tomar a rédea do meio campo, acabando por tender para as laterais o jogo ofensivo da sua equipa. A nível defensivo, mostrou-se lento a decidir e agir, recorrendo várias vezes à falta para impedir as ações ofensivas do Canelas.

O lateral esquerdo do Canelas, David Santos, não teve hipóteses contra as boas investidas da ala direita do Académico Viseu. Muitas vezes ultrapassado na velocidade e no drible, acabava por recorrer à falta para parar as ofensivas da equipa da casa, quando não era ultrapassado, pondo em perigo a baliza do guardião do Canelas.