Mário Narciso: «Só saio da Federação quando me mandarem embora!»

Um orgulho tremendo que espera prolongar por muitos mais anos. Passou uma semana desde a conquista do título mundial de futebol de praia por parte da Seleção portuguesa no Paraguai e Mário Narciso concedeu uma entrevista alargada ao jornal Record, abordando vários aspetos da atualidade da modalidade e não só.

Nessa mesma entrevista, o selecionador nacional explicou que se sente bem na Seleção, não pensa em sair da equipa das Quinas, abordou ainda a saída de Madjer da modalidade e congratulou-se pelo crescimento do futebol de praia em Portugal e no Mundo.

Mário Narciso em discurso direto

Balanço na Seleção: «Conhecia os jogadores que ia ter e sabia que, com eles, poderia fazer um trabalho de qualidade. Mas daí a pensar que seria campeão do Mundo duas vezes... Sinto-me realizado pelo trabalho que temos feito e a FPF também nos tem dado tudo para podermos alcançar os êxitos. Mas também estou realizado porque sinto que tenho feito muitas pessoas felizes. (...) Só saio da Federação quando me mandarem embora!

Despedida de Madjer: «Ele estava muito emocionado... Mas vai ter uma despedida muito condigna, com mais alguns jogos pela Seleção. Está tudo a ser preparado. Já o conheço há quase 20 anos e coloquei-me na pele dele. Chorámos os dois e foi bom para aliviar a tensão»

Evolução da modalidade em Portugal: «Lembro-me de quando comecei no Vitória de Setúbal, e fomos campeões nacionais, havia uma empresa que organizava o campeonato de forma mais rudimentar. Agora existe um campeonato nacional com a participação de mais de 30 equipas e ainda um campeonato de elite com oito equipas que se prolonga ao longo de quatro ou cinco meses. É sinal de que as coisas estão a evoluir. Taticamente, o futebol de praia também conheceu uma grande evolução. (...)»