moumu 26-04-2024, 03:12
Digamos que só não marcou. Grande jogo do camisola 90, que foi decisivo nos golos (no primeiro, recuperou a bola e rematou para a defesa de Karius; no segundo, assistiu Wilson na perfeição) e que teve mais um punhado de bons lances, num jogo em que o espaço existente para a transição foi um convite a que se evidenciasse. Atirou também ao poste e foi determinante.
Não lhe podemos chamar «senhor Europa» porque também tem estado bem a nível interno, mas a tendência do camisola 21 para brilhar nestes jogos é muita. Uma tendência que tem a ver com o facto de ser dos jogadores mais dotados da equipa, o que lhe permite mostrar qualidade pois nunca se esconde. Na primeira parte, foi o mais esclarecido e provocou vários bons lances ofensivos dos minhotos, porque é alguém que, apesar de franzino, mete sempre o pé. Para voos mais altos.
... e o Besiktas não tinha feito, neste jogo, uma demonstração da sombra que atualmente é, em relação ao que já foi. Teve dificuldades e limitações a defender, até porque foi muito pouco auxiliado defensivamente, mas no ataque foi sempre o mais esclarecido, muito ciente do que fazer e muito forte no cruzamento (sobretudo em quantidade). É dos pés dele que nasce o golo e não foi por acaso que os lances perigosos dos turcos tiveram a tendência para o lado esquerdo.
Está em boa forma e na Europa voltou a mostrar-se em grande, depois do que se viu em Wolverhampton, onde foi o melhor. Desta vez, voltou a ser um elemento preponderante para dar a mão à defesa e fechar os espaços pelo corredor central, o que foi quase sempre conseguido com êxito. Para se ter ideia, foi de longe o jogador que mais duelos ganhou (11) e, em termos aéreos, levou sempre a melhor nas sete vezes em que disputou com um adversário. Muito bem e a valorizar.
Entra aqui pelo golo, não o negamos. Nem era preciso. No melhor período do besiktas, quando o estádio estava totalmente acordado para tentar a reviravolta, houve uma transição rápida que foi mérito coletivo pela forma como se desenrolou desde o começo, nas mãos de Matheus, mas finalizar é mais complicado e a equipa já tinha pecado nos minutos anteriores. O camisola 7, um dos mais experientes, mostrou classe e frieza e não vacilou no momento decisivo.
Começou à esquerda e mostrou-se sereno numa equipa onde a bola queimava cada vez mais à medida que o tempo passava. Na altura de o treinador fazer algo, tirou o lateral direito e colocou aí o português, que se adaptou na perfeição e que se envolveu mais no processo ofensivo, cruzando e rematando quando teve oportunidade.
1-2 | ||
Umut Nayir 71' | Ricardo Horta 38' Wilson Eduardo 80' |