Está a complicar-se o apuramento do FC Porto na fase de grupos da Liga Europa. Depois da derrota na Holanda, um empate (1x1) no Dragão com o Rangers, numa exibição que certamente enervou Sérgio Conceição pela falta de consistência no ritmo colocado em campo.
Como seria de esperar, para a Liga Europa, voltaram as principais figuras da equipa. Corona estava em dúvida e apareceu como lateral e tudo o resto estava montado no 11 azul e branco.
Com a estrutura e as peças habituais, o FC Porto entrou bem e com vontade no jogo. Explorando bem os flancos por Corona na direita e por Díaz pela esquerda, parecia que os azuis e brancos iam para uma exibição sufocante. No entanto, e de forma estranha, esse ritmo foi muito inconstante...mas já lá vamos.
O segundo ponto do Rangers era, por ventura, a sua maior arma, uma facilidade tremenda em trocar a bola ao primeiro toque e em sair muito rápido para o ataque, sem precisar de muitos «rodriguinhos» com a bola. Portanto, o oposto do FC Porto que, com tantos passes para trás e tantos toques na bola sem objetividade estava mesmo a enervar a impaciente bancada do Dragão.
Voltando à equipa de Conceição. Era estranho ver que os dragões eram capazes de criar espaços nos flancos, mas, ao mesmo tempo, era também uma equipa capaz de jogar de forma tão lenta e previsível. Mesmo assim, Luís Díaz soube dar um verdadeiro pontapé na monotonia e colocar a bola na gaveta da baliza do Rangers.
A segunda parte acabou por ser mais do mesmo no FC Porto, com esse mesmo a serem as questões negativas. Equipa demasiado amarrada e obcecada em jogar pelos flancos, faltando a profundidade de Marega para os normais desequilíbrios.
Foi com a passagem para 4x3x3, com Marega pela direita e Nakajima pela esquerda, que se viu o despertar azul e branco. Mesmo com os erros em passes simples, o FC Porto foi capaz de ter claras oportunidades de golo e, não fosse o falhanço incrível de Pepe e as duas defesas brilhantes de Allan McGregor e o 2x1 tinha mesmo aparecido.
Faltou continuidade à exibição portista. Uma exibição de arranques e que resultou num empate stressante para a equipa de Sérgio Conceição... segue-se uma visita à Escócia.
O golo de Luís Díaz acaba por ser o momento alto de uma noite cinzenta no Dragão. O extremo está cada vez melhor e o golo mostrou isso. Um verdadeiro tiro à gaveta, num lance que começa com uma recuperação de bola do próprio.
Talvez tenha sido pela paragem prolongada, mas viu-se um FC Porto a cometer muitos erros esta quinta-feira. Passes, domínios, fintas a mais...Com uma exibição que não estava a ser brilhante, essas coisas serviam para enervar ainda mais as bancadas.