Um momento histórico no renascimento Auri-Negro

Mais uma surpresa na terceira eliminatória da Taça de Portugal. Após 120 minutos equilibrados e recheados de emoção (2x2), o Beira-Mar foi mais competente nas grandes penalidades e eliminou o Marítimo, confirmando a queda de mais uma equipa da Liga NOS.

Desde cedo os aveirenses (a disputarem atualmente o Campeonato de Portugal) mostraram boa organização e qualidade com bola, complicando a tarefa dos insulares. Aos 15 minutos, João Nogueira apareceu na área adversária e cabeceou colocado para o 1x0, abrindo o ativo para os homens de Ricardo Sousa.

O Marítimo continuou a ter problemas e apenas conseguiu criar algum perigo no final do primeiro tempo, destacando-se um perigoso remate à barra do avançado Getterson. Após o descanso, a pressão insular aumentou e o jogo mudou de face.

Acusando algum desgaste físico, o Beira-Mar perdeu discernimento e permitiu o crescimento do adversário. Na resposta a um cruzamento de Rúben Ferreira, o japonês Maeda (69´) empatou a partida, com Zainadine (83´) a virar o resultado numa bola parada.

Sem nada a perder, os Auri-Negros não desistiram da eliminatória e foram premiados na compensação. Recorrendo ao jogo direto, Edgar Almeida conseguiu cruzar na área adversária para o cabeceamento certeiro de Isaac Cissé, numa explosão de alegria no Municipal de Aveiro.

No prolongamento, a iniciativa de jogo pertenceu ao Marítimo, que, porém, não teve capacidade para assustar o guardião Hugo Carvalheira. Provavelmente de olho nas grandes penalidades, Ricardo Sousa optou por trocar de guarda-redes no final do tempo extra, com a entrada de Gabriel Miotti.

O desempate nos penálties sorriu aos aveirenses. Fábio Vieira falhou para o Beira-Mar, enquanto Edgar Costa e Marcelinho desperdiçaram para os insulares. O cabo-verdiano Yannick Semedo acabou por selar o histórico triunfo do conjunto de Aveiro, que não atingia a próxima fase desde 2013/2014.