... Este jogo vem mesmo a calhar. Para Wolverhampton e Braga, a época não começou da melhor maneira a nível interno e, como tal, é no contexto europeu que os adeptos têm tido mais razões para sorrir. O Molineux é nova oportunidade para sacudir os maus resultados.
Na Premier League, o Wolverhampton ainda não ganhou. Aliás, são três pontos em cinco jogos e um penúltimo lugar que, longe de ser dramático, não tem nada de comparável com a época passada. Dores de crescimento, dirão alguns, mas uma demora estranha em retomar o caminho que foi habitual na campanha anterior.
Fosse o momento bom ou mau, uma equipa da Premier League, a jogar em casa, seria sempre favorita frente ao Braga, que tem sido bem diferente no contexto europeu do que no interno. Aliás, podíamos dizer que, previamente, era o Spartak o favorito na eliminatória que a equipa de Sá Pinto acabou por vencer com duas vitórias.
Portanto, esta boa face europeia tem tudo para ser reerguida. Depois de Moscovo, derrotas com Benfica e Vitória FC, que fizeram com que o Braga desconfie de si e que esteja, na classificação da Liga NOS, apenas com duas equipas abaixo na classificação. 16.º lugar é bastante abaixo do esperado.
Tormena, Raúl Silva, Wilson Eduardo
Terá tudo a ver com uma questão de mentalidade e de predisposição para encarar uma profissão que, para além de estar muito no seu início, é sempre vista de lado em Inglaterra. O facto de os dois finalistas da época passada, como na Champions, terem sido ingleses pode dar outra carga de importância, mas não será de estranhar se assistirmos, quer nas peças escolhidas por Nuno, quer no comportamento em campo, a alguma prepotência do Wolves. Algo que é de aproveitar.
Pode parecer cliché, mas basta ver a forma como, na Dinamarca e na Rússia, o Braga encaminhou as eliminatórias anteriores para se concluir que a equipa minhota tem conseguido encontrar várias maneiras de criar oportunidades e, depois, de as concretizar com um bom rácio.