A Argélia é a vencedora da CAN 2019! A seleção magrebina bateu o Senegal na final por 0x1, graças a um golo fortuito de Bounedjah, e festejou um título que fugia desde 1990. Depois de uma entrada fortíssima, os comandados de Belmadi baixaram o ritmo, mas souberam controlar o maior ímpeto senegalês na segunda metade.
Que impacto! A primeira parte arrancou a uma velocidade absolutamente estonteante numa fase onde, por norma, reina a cautela. A Argélia não se preocupou com essa questão (e ainda bem!) e entrou da melhor forma possível.
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Estava desfeito o nulo e a Argélia continuou na mesma toada: posse, combinações, intensidade, agressividade e pressionante. Durante largos minutos, a estratégia do Senegal ficou comprometida e a solução passou pela aposta nas bolas longas, procurando, sobretudo, Sadio Mané e a velocidade dos restantes atacantes.
A superioridade era evidente, mas oportunidades claras de golo tardavam em surgir. E, curiosamente, o Senegal, que aos poucos foi impondo o seu jogo, lá importunou M'Bolhi em uma ou outra ocasião.
Os últimos dez minutos foram, por isso, de maior domínio senegalês, já que o futebol ofensivo, ainda que num período de menor intensidade, acabou por fluir com maior naturalidade. Antes do apito final, marcado por alguns atritos, nota para um fortíssimo pontapé de Niang a rasar a barra e para um lance duvidoso na área argelina que o juíz da partida optou por não analisar a fundo.
Quanto aos segundos 45 minutos, duas palavras: superioridade insuficiente. É que o Senegal, embora bem mais superior que o adversário, não materializou esse domínio em algo concreto. Primeiro porque M'Bolhi mostrou-se intransponível e segundo porque a qualidade da Argélia era e é mais do que evidente em todos os setores.
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Perto do minuto 60, o VAR foi obrigado a intervir e a corrigir uma decisão inicial do árbitro do encontro, Néant Alioum, que apontou para a marca de grande penalidade após detetar uma mão na bola de Guedioura. O toque existiu, é certo, mas os braços estavam praticamente juntos ao corpo.
Por outro lado, quem ficou a perder foi o espetáculo. Pese as iniciativas senegalesas, o ritmo permaneceu médio-baixo e só M'Bolhi deu um ar da sua graça, evitando, com um par de boas defesas, o empate.
A Argélia uniu-se, segurou a vantagem com unhas e dentes e colheu os frutos. Brahimi e Slimani, velhos conhecidos dos portugueses (Halliche não saiu do banco) tiveram direito a alguns minutos e contribuiram para a segunda CAN argelina da história.
Quanto à superioridade do Senegal não há muito a dizer, mas esse domínio não foi propriamente convicente. Aliás, faltou imensa criatividade na hora de tentar ultrapassar a barreira defensiva da Argélia. Só Mané não chega e o adversário agradeceu a aposta constante no jogo direto.