Que boa imagem deixada. Terminou a participação do FC Porto na presente edição da Liga dos Campeões aos pés do Liverpool e há que olhar com orgulho para o percurso traçado. Seguiu em frente a formação mais poderosa, com mais factos do que argumentos e que geriu a vantagem trazida de Anfield Road. E tentou. O Dragão tentou. O estádio e a equipa vestida de azul e branco. Fica para a história um novo resultado pesado, é certo, mas que vira, de forma total, as atenções para a Liga. A tal que Sérgio falou, a Liga do Campeão.
A primeira parte resume-se a FC Porto, Corona e Marega, sendo que da parte do maliano os motivos são dos piores. Aliás, basta confirmar as estatísticas. Mais bola, mais oportunidades, mais ímpeto. Em suma, muitos argumentos traduzidos para nenhum facto.
Sérgio Conceição abdicou de Soares e colocou Tecatito no apoio a Marega com uma missão vagabunda. Pisou terrenos exteriores, interiores e deu outra beleza ao futebol portista. Um quebra-cabeças mexicano que começou por levantar o público presente nos instantes iniciais com um remate a rasar a barra de Alisson.
A velha máxima não falha. Água mole em pedra dura bateu tanto que não furou e quem não marca arrisca-se a sofrer. E no único lance de transição ofensiva bem construído, o Liverpool chegou-se à frente. Empurrou Sadio Mané para o fundo das redes de Casillas, senegalês que anotou o quarto golo aos azuis e brancos na prova milionária e que esperou pelo veredicto do VAR para festejar.
A vantagem inglesa colocou água na fervura e o encontro partiu para uma fase de menor intensidade. Chame-se injustiça, falta de sorte ou falta de frieza, o futebol é assim...
Nos segundos 45 minutos a toada manteve-se só que com menos objetividade. Mais FC Porto, novamente, mas sem resultados práticos, desta vez. A entrada de Tiquinho permitiu uma aposta mais vincada para as bolas na área, mas os cruzamentos teimaram em não sair. Nem as combinações.
O tempo foi passando, a destreza diminuindo, e a turma britânica, letal, aproveitou para ampliar. Não o fez Mané - como assim!? -, fê-lo Firmino. Antes do apito final, Van Dijk colocou um ponto final. Resta ao Dragão erguer a cabeça e chutar a bola para a frente, que a principal missão, no lago dos tubarões, foi alcançada com sucesso.