Abel elogiou a dupla Palhinha-Claudemir, mais regular no dérbi do que o costume

*com Miguel Simões

No final do dérbi minhoto, Abel Ferreira abordou o desempenho da dupla Claudemir-Palhinha, titular diante do rival Vitória, e realçou que os dois jogadores já tinham atuado da mesma forma consistente que o fizeram na partida da Pedreira.

Ora, o zerozero foi confirmar a consistência defensiva da equipa bracarense nos jogos em que os dois jogadores em questão foram titulares e nas partidas em que apenas um atuou de início e o outro entrou como suplente utilizado. Os resultados são diferentes para cada contexto. 

Vejamos, Claudemir e Palhinha formaram dupla no meio campo a titulares só por cinco ocasiões. Desses cinco duelos, o Braga não sofreu golos em dois (1x0 diante do Vitória SC e 0x2 diante do Desportivo das Aves, num encontro em que Palhinha foi substituído ao intervalo), sofreu um em Vila do Conde (1x2), um na Vila das Aves (1x2 para a Taça) e três no Dragão (3x0 para a Taça). 

A história assume outros contornos se contabilizarmos os duelos em que só um foi titular e o outro começou a partida no banco, sendo lançado no decorrer do encontro, algo que aconteceu meia dúzia de vezes na presente temporada. Claudemir foi lançado no onze diante de Santa Clara (1x0), Boavista (1x0), Vitória FC (2x1) e FC Porto. (derrota por 1x0). Nesses jogos, Palhinha entrou sempre nos 15 minutos finais e a equipa ou não sofreu golos ou apenas sofreu um - Soares estragou a média. 

Nas duas ocasiões em que Palhinha jogou a titular e Claudemir entrou no desenrolar da partida (0x1 em Chaves e 0x3 na Choupana), os arsenalistas voltaram a ser sólidos, sem qualquer golo sofrido no meio do processo.

A conclusão parece evidente. A operacionalização da estratégia de Abel Ferreira tem melhores registos defensivos quando os dois jogadores não formam a dupla no meio-campo de início, comparativamente às ocasiões em que ambos são titulares. Mas o jogo da Pedreira pode ter sido o início de uma parceria preparada para as maratonas.