O Sporting de Braga tem a continuidade na Europa assegurada mas joga esta quarta-feira em Donestk a sonhar com o prolongamento … do sonho chamado Liga dos Campeões. A missão dos arsenalistas, dizem a razão e a consciência, é muitíssimo difícil, mas a matemática ainda dá aspirações aos Guerreiros do Minho e ninguém no plantel de Domingos baixa a guarda antes de tempo. Vencer o Shakhtar por 4-0 é uma tarefa hercúlea mas, já dizia o slogan, «nada é impossível» no mundo do futebol.
Golear o Shakhtar por 4-0 ou fazer melhor resultado que o Arsenal, que joga em casa com o zero-pontos-Partizan, são as duas propostas em cima da mesa para o Sporting de Braga poder continuar a sonhar com a segunda fase da Liga dos Campeões. Qual dos panoramas é o mais complicado, não se sabe, mas Domingos e os seus jogadores acreditam numa «noite fantástica» e não desistem do desafio antes do último apito de Felix Brych, o árbitro designado para o encontro de Donestk.
Na partida do estádio AXA, disputada a 28 de Setembro, os minhotos até conseguiram gerir o jogo mas não foram capazes de marcar. Do outro lado, a dupla brasileira Luiz Adriano e Douglas Costa não perdoou, fez o que lhe competia e assinou o 0-3 final, oferencendo os três pontos à formação ucraniana. Este jogo seguiu-se à goleada de Londres e pensavam os portugueses que serviria de «escape» para animar os bracarenses, mas acabou por complicar as contas e a vida dos minhotos.
Nesta altura, à entrada para a sexta jornada da Liga dos Campeões, o Shakhtar lidera o grupo H com doze pontos, seguido do Arsenal com nove e do plantel de Domingos, com os mesmos nove. Curioso é o facto deste ser habitualmente um número de pontos associado à passagem para as rondas seguintes das competições internacionais mas poder ser insuficiente para os portugueses prosseguirem na prova mais importante a nível de clubes no seu ano de estreia.
À altura do primeiro embate, nunca este clube ucraniano tinha medido forças com esta formação nacional, nem em jogos amigáveis. O histórico do momento com os arsenalistas resume-se por isso ao triste resultado da «primeira mão» deste duelo. Por força da ausência das competições internacionais até à época actual, o Sp. Braga não guarda mais nenhuma recordação de equipas da Ucrânia. Já no que diz respeito às estatísticas do Shakhtar com clubes portugueses, confirmamos nove jogos oficiais divididos em três vitórias, dois empates, e quatro derrotas. A questão é que os resultados foram sempre equilibrados, o que não serve para animar a comitiva minhota na antevéspera de uma desejada goleada.
Para piorar o cenário, há o frio (gélido!) daquelas paragens e a certeza de que os comandados de Mircea Lucescu não perdem no seu estádio há dois anos para a liga local, um bom exemplo do poderio caseiro desta equipa. Perante esta conjuntura, resta ao clube de António Salvador acreditar e ter esperança, tanto nos seus avançados como na equipa do Partizan. Quem sabe os sérvios não fazem uma «gracinha» no Emirates Stadium de forma a não sair de contas totalmente nulas da competição e não dão uma mãozinha aos portugueses?
Certo é que, qualquer que seja o score no final da partida desta quarta-feira, ninguém poderá acusar o Sp. Braga de não sonhar ou de não tentar. E a prova é que a Liga Europa, essa, já está de braços abertos à espera de mais uma equipa lusa para juntar a FC Porto, Sporting e Benfica.
2-0 | ||
Razvan Rat 78' Luiz Adriano 83' |