Tango de Cervi superou ligeiro ruído

O Benfica está na liderança da Liga NOS, embora à condição, por força dos dois principais rivais ainda irem a jogo na 22.ª jornada. Os encarnados entraram fortes em Portimão, deram margem para o Portimonense reagir e reerguer-se, mas tiveram em Franco Cervi o segredo para conquistarem os três pontos no Algarve.

Entrada forte encarnada no primeiro tempo

O Benfica estava avisado para os perigos do Portimonense, que, nas últimas duas jornadas, tinha evidenciado um registo interessante de golos nos 30 primeiros minutos nos encontros com Marítimo e Rio Ave. Importava perante isso tapar os caminhos para um ataque feroz, composto por Nakajima, Tabata e Fabrício, a atravessarem excelentes momentos de forma.

Os tetracampeões nacionais entraram a pressionar alto, criando inúmeras dificuldades aos homens de Vítor Oliveira na construção, impedindo que os algarvios conseguissem chegar com perigo ao último terço do terreno, onde estavam os mais virtuosos.

Isso foi efetivamente conseguido na primeira meia-hora de jogo, período no qual o Benfica construiu três excelentes oportunidades de golo, sendo que uma delas seria mesmo concretizada por Franco Cervi – belo desenho ofensivo do Benfica -, mas a intensidade dos visitantes foi reduzindo no último quarto de hora da primeira parte, permitindo ao Portimonense dar um ligeiro ar da sua graça.

Primeiro, André Almeida deu o corpo às balas, ao evitar que Dener chegasse ao esférico em zona frontal a baliza de Bruno Varela e depois foi a vez de Ewerton Pereira não aproveitar uma transição rápida pela esquerda iniciada por Shoya Nakajima.

O intervalo chegava em boa altura para a equipa do Benfica, a precisar de refrescar depois de uma entrada muito forte. Já o Portimonense deu sequência ao momento de maior fulgor no arranque da segunda parte.

Papéis invertidos até aparecer... Cervi!

O regresso dos balneários trouxe uma dinâmica completamente diferente. O Benfica, que tinha entrado muito bem no encontro, permitiu que o Portimonense desse uma belíssima réplica no início da segunda parte, ao ponto de os papéis ficarem completamente invertidos, com os algarvios mais pressionantes e ativos e os encarnados mais retraídos.

A busca pelo golo do empate intensificou-se e a equipa de Vítor Oliveira recebeu a sua recompensa, aos 65 minutos, por intermédio de Felipe Macedo, com o central brasileiro a subir ao terceiro andar para cabecear para o fundo das redes de Varela. Por esta altura, já o Benfica tinha perdido Jonas por lesão.

Na resposta, André Almeida testou os reflexos de Ricardo Ferreira e, quatro minutos depois, foi a vez do recém-entrado Fede Varela desperdiçar uma ocasião de ouro na área encarnada. E como quem não marca, arrisca-se a sofrer... O Portimonense sofreu mesmo no minuto seguinte,.

Franco Cervi – que grande momento vive o extremo argentino – aproveitou um livre a cerca de 25 metros da baliza do Portimonense para desfazer de novo a igualdade. Para fechar, Diogo Gonçalves assistiu Zivkovic para o golo da tranquilidade já para lá dos 90 minutos. 

O primeiro lugar é, para já, da equipa de Rui Vitória, que vai, agora, assistir no sofá ao desempenho dos rivais FC Porto e Sporting na 22.ª jornada.