Medalhas?! Tragam mas é o caneco!

Portugal tem já este sábado a possibilidade de se sagrar pela primeira vez na história campeão europeu de futsal. Para isso, a seleção nacional tem de derrotar a Espanha. Os nuestros hermanos voltam a atravessar-se no caminho da seleção nacional, tal como na final de 2010, mas desta vez a história pode muito bem ser diferente. Portugal tem-se apresentado a um excelente nível neste Europeu - é a única equipa a vencer todos os jogos - e o passado deverá apenas servir para motivar ainda mais os jogadores portugueses a bater a vizinha Espanha.

«Ricardinho? Portugal é Portugal!»

A ideia de que a seleção portuguesa dependia bastante de Ricardinho foi-se perdendo ao longo das partidas. O capitão português, melhor jogador do mundo, é o artilheiro da prova (6 golos) mas isso não impede que a força da seleção de Jorge Braz seja mesmo o coletivo.

União é a palavra chave

Espanha tirou...Espanha dá?

Os números dos confrontos entre as duas seleções não abonam nada a favor da seleção nacional. Em 26 encontros, Portugal apenas venceu um particular e somou já 20 derrotas. A mais dura foi mesmo a final do Europeu de 2010, onde estiveram Pedro Cary, João Matos, Bebé e André Sousa (Ricardinho falhou a prova por lesão), que terminou com vitória espanhola por 2x4. Do outro lado destaque para a presença de Carlos Ortiz, espanhol que inaugurou o marcador na final de 2010 e que procura o seu quarto europeu.

Ao contrário da seleção portuguesa, a Espanha acabou por ter alguns deslizes no caminho até à final. Apesar de ter vencido o grupo D, o arranque teve um empate (4x4) diante de uma estreante França e os quartos-de-final foram ganhos pela margem mínima frente à Ucrânia, seleção que Portugal derrotou (3x5) na fase de grupos. O último teste foi mesmo o mais suado e apenas os penáltis permitiram aos espanhóis marcarem encontro com Portugal.

Espanha passou nas grandes penalidades ©UEFA Futsal

Não restam dúvidas, Portugal terá de estar acima das suas capacidades para derrotar a atual campeã da Europa, mas se há momento para a seleção nacional se superar este é mesmo o ideal. Jorge Braz queria uma medalha? A de ouro parece-nos bem!

A diferença passa por...

• União faz a força: Ao olhar para esta Espanha é percetível que a campeã europeia está num patamar acima das restantes seleções. A nível individual Ricardinho será o único a conseguir ombrear com a seleção espanhola, por isso a receita é simples: a união demonstrada ao longo do Europeu terá de duplicar. Só assim Portugal conseguirá sagrar-se campeão da Europa.
   
• Experiência espanhola: Tecnicamente a campeã da Europa é mais forte, mas não só. A experiência dos grandes jogos, não apenas pela seleção mas também a nível de clubes, poderá fazer a diferença num momento de maior nervosismo ou de desvantagem espanhola.

Cincos iniciais prováveis:

• Portugal: André Sousa, João Matos, Pedro Cary, Ricardinho e Bruno Coelho
   
• Espanha: Paco Sedano, Carlos Ortiz, Pola, Miguelín e Alex Yepes