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    FC Porto mantém-se no topo

    VCI parecia congestionada, mas abriu-se a via para a liderança

    Esta é uma crónica de carros e autocarros, de trânsito e de congestionamento, de travagens e de mudanças de faixa. Porque assim se pode claramente descrever um jogo no qual o FC Porto viu ser-lhe montado um labirinto, do qual conseguiu sair com sucesso e fruto da afinação do óleo de Marega.

    Nota prévia: Ao falarmos de autocarros nesta crónica, não pretendemos fazê-lo em tom depreciativo. O futebol permite uma multiplicidade enorme de variantes táticas e de dinâmicas, sejam ofensivas, sejam defensivas. O Marítimo entendeu optar por um fechado 5x4x1 para fazer face a um FC Porto com tendência para o ataque e com isso foi capaz de condicionar bastante a equipa de Sérgio Conceição.

    Três centrais, dois laterais, dois médios defensivos, dois meias que abriam a atacar e fechavam a defender e um Everton a uns valentes metros de distância, com a hercúlea missão de receber bolas longas e segurá-las enquanto alguém subia. Era assim que o Marítimo aparecia no Dragão, com linhas bastante recuadas, mas com espaços reduzidos, no meio e também nas faixas.

    Espaço nunca abundou ©Catarina Morais / Kapta +
    Em modo autocarro, sabendo que o andar do relógio ia favorecer o seu lado psicológico, o autocarro maritimista foi congestionando, e de que maneira, os velocistas portistas, amarrados ao problema da falta de espaço.

    Parecia que o problema estava resolvido quando, numa bola parada, Reyes cabeceou à vontade para o golo. Só que, mesmo não sendo hora de ponta (jogos às 21 horas continuam a ser um espelho do domínio da televisão), a questão do trânsito afinal estava para ficar mais um pouco.

    Uma jogada, dois remates e um golo puseram o Marítimo novamente a bloquear o trânsito portista no relvado. As tabelas saíam com dificuldade, os avançados do FC Porto tentavam sair da teia de três centrais adversários sem sucesso.

    Uma via que se abriu

    Eram quase 10 da noite e o trânsito não aliviava, mas eis que se abriu uma via, por intermédio de Mota. O árbitro puniu, e bem, João Gamboa por duas vezes em que o médio abusou do travão e o autocarro maritimista ficou mais débil, a precisar de ir às boxes.

    Reyes abriu o ativo ©Catarina Morais / Kapta +
    Só que não deu tempo. Brahimi aproveitou a brecha, colocou um passe a furar o espaço e Marega, mudando de faixa de rodagem (costuma ir pela direita, mas desta vez foi pela esquerda) apontou à rede, dando uma vantagem que sugeria muito maior conforto para a segunda parte.

    Porém, mesmo sem tanta capacidade para uma condução eficiente, Daniel Ramos não deixou de manter uma condução que, tentando primar pela segurança, desse ainda para fazer escorregar a locomotiva portista.

    Mesmo sem alguma vez ter espaço de sobra, a equipa portista quis resolver o assunto para pensar na próxima viagem, igualmente pelo Dragão, embora perante um Rio Ave que se prevê radicalmente distinto deste Marítimo. Só que o golo da tranquilidade demorava eternidades e dava azo à dúvida da plateia.

    Inconformado com isso e já sem o seu companheiro de ataque em campo, Marega voltou a mudar de faixa, foi pela esquerda e atirou para a garantia de que o Natal é passado lá em cima, no topo da árvore, onde o dragão assume o papel de grande estrela. Justíssimo!

    U Segunda, 18 Dezembro 2017 - 21:00
    Estádio do Dragão
    Manuel Mota
    3-1
    Diego Reyes 19'
    Moussa Marega 45' 78'
    Fábio Pacheco 26'
    Estádio do Dragão
    Lotação50 033
    Medidas105 x 68 m
    Inauguração2003
    FaseCampeonato
    JornadaJornada 15
    Lances Capitais
    19´
    GOLO FC Porto!
    Diego Reyes marca
    Diego Reyes marca o seu 1º golo na prova (5 jogos)
    26´
    GOLO Marítimo!
    Fábio Pacheco marca
    Fábio Pacheco marca o seu 1º golo na prova (9 jogos)
    45´
    +1
    GOLO FC Porto!
    Moussa Marega marca
    Moussa Marega marca o seu 11º golo na prova (14 jogos)
    78´
    GOLO FC Porto!
    Moussa Marega marca
    Moussa Marega marca o seu 12º golo na prova (14 jogos)
    A Chave
    Minuto 39: Apesar de não estar a ser perfeita, a estratégia estava a resultar ao Marítimo, até que João Gamboa, de forma infeliz, viu dois amarelos e um vermelho, condicionando toda a missão da equipa. Ainda por cima porque o FC Porto marcou antes de um intervalo que podia ter dado para reorganizar ideias.
    O Árbitro
    Boa arbitragem de Manuel Mota e dos seus auxiliares. Aqui e ali algumas falhas, mas nada de considerável. Bem na decisão de expulsar João Gamboa, que foi imprudente.
    O Melhor
    Asa esquerda
    É um FC Porto com novas soluções em praticamente todos os jogos e essa riqueza tática torna-se decisiva. Desta vez, e para além das habituais investidas de Alex Telles e das diabruras de Brahimi, a equipa contou também com aparições mortíferas de Marega. Deu em dois golos fundamentais.
    O Pior
    O caro preço de defender atrás
    É que depois, na hora de sair em contra-ataque, são muitos os metros de distância até à área contrária. O Marítimo conseguiu lá chegar duas ou três vezes, o que até podia ter sido suficiente, mas não foi. Faltou capacidade para tal.
    Forma
    FC Porto
    2017/2018
    25J
    18V
    5E
    2D
    67-18G
    Marítimo
    2017/2018
    24J
    12V
    7E
    5D
    24-18G
    Sabia que...by playmaker stats
    FC Porto sem derrotas ao final da 15.ª jornada: não apresentava este registo desde 2012/13 (época do último título)
    O Marítimo continua sem vencer em casa do FC Porto no campeonato: 38 jogos, 2 empates e 36 derrotas
    4.ª vitória consecutiva do FC Porto, com 17 golos marcados nesse período

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