JJ: Os elogios ao Portimonense, a crise de Alan Ruiz e Mathieu e Coentrão que estão «cada vez melhores»

O Portimonense criou dificuldades a FC Porto e Benfica e, por esse motivo, deixou Jorge Jesus em alerta para a receção aos algarvios no próximo domingo. O treinador do Sporting deixou elogios à equipa de Vítor Oliveira, mas lembrou que quer chegar ao Natal na liderança do campeonato.

«Trabalhamos para isso, confiamos nisso, temo-nos preparado para isso sabendo que esta equipa do Portimonense tem feito bons jogos, mais concretamente contra os outros nossos dois rivais. Isso é um sinal que este jogo vai ser intenso e difícil para o Sporting. Mas dentro da lógica daquilo que temos feito ultimamente, estamos confiantes e também achamos que temos condições para vencer o Portimonense», começou por dizer.

Confrontado com as declarações de Vítor Oliveira de que o Portimonense não iria a Alvalade com medo, Jorge Jesus reconheceu a qualidade do seu adversário.

«É uma equipa com muitos golos, tirando os quatro primeiros classificados, depois é o Portimonense a equipa com mais golos marcados. É uma equipa que ofensivamente demonstra que tem qualidade. Temos de ter cuidado com todos. Se o Portimonense vai ter medo não sei, mas sei que é uma equipa com muita qualidade e temos de estar preparados para isso», afirmou.

O treinador dos leões falou também sobre dois casos distintos no plantel verde e branco. A temporada abaixo das expectativas de Alan Ruiz e a boa época de Mathieu e Fábio Coentrão.

«O Alan Ruiz foi um dos jogadores que eu pedi ao presidente para contratar. Nos dias em que comecei a conhecer este jogador, vi muito potencial nele, sei que o tem. Na primeira época, principalmente na segunda volta, fez uma prova espetacular, cheguei a dizer que ele e o Bas Dost eram a melhor dupla da liga. As características dele, se estiver sem competição e sem treinar, tem pouca intensidade e começa a perder qualidade. Não tem medo de ter bola e depois perde muitas bolas, depois os adeptos começam a cobrar e neste momento não se sente confiante. Que ele tem potencial e talento, tem. Há outras componentes que os treinadores não conhecem num jogador. Aquilo que tentamos fazer é recuperá-lo», explicou.

«Os outros dois jogadores [Mathieu e Fábio Coentrão], felizmente o presidente teve a possibilidade de os trazer. Há jogadores de risco, uns fisicamente e outros que desportivamente possam causar dúvidas. Às vezes temos de avançar e não dão certo. Eles eram jogadores com confirmação do potencial futebolistico, mas o facto de não jogarem há muito tempo transmitiam esse risco. Nós arriscámos porque a qualidade deles ninguém duvída. O departamente clínico tem feito um trabalho espetacular e nós a mesma coisa em termos de intensidade, temos estado a gerir muito bem. Se vai ser até ao fim, não sei. Sei é que eles estão cada vez melhores», atirou.