Finalista para travar e malapata para acabar

Depois de conhecer o sabor da vitória e da derrota, o Sporting está de regresso à fase de grupos da Liga dos Campeões. A equipa de Jorge Jesus desloca-se a Turim em busca de um resultado que lhe permita sonhar com o apuramento (que é bem possível, para já). A malapata existe - o Sporting nunca ganhou em Itália -, mas Jesus é mestre em acabar com elas. 

No passado fim de semana, a Lazio tornou-se a sexta equipa a vencer no Juventus Stadium, inaugurado em 2011. Há, por isso, uma Juve sedenta de vitórias, especialmente depois da derrota pesada em Camp Nou. As duas finais nos últimos três anos dão estatuto e... responsabilidade.

Fórmula europeia não será surpresa

Perante a finalista vencida da última edição da Liga Milionária, é natural que o Sporting possa ter menos domínio do que a generalidade dos jogos da Liga Portuguesa. À espera de uma Juve mandona, a equipa de Jorge Jesus pode apostar na fórmula europeia desta época, assente num sistema com três médios e Doumbia na frente. O costa marfinense está tocado, mas o sistema pode ser o mesmo com Bas Dost em campo...

Fábio Coentrão, que tem sido gerido com pinças por Jesus, deve regressar ao onze, com a missão de parar um ataque cheio de soluções. Dybala, que joga numa posição híbrida no sistema de Allegri, merece todas as atenções, mas a marcação imposta a Messi no anterior confronto não será, à partida, repetida. «Messi é Messi...», disse Jesus. 

O Sporting nunca venceu em Itália, mas o seu atual treinador, desde que chegou ao Benfica, tem sido especialista em quebrar malapatas. Aos encarnados, Jesus deu a primeira vitória na Alemanha e na Suíça. Desde 2015, o técnico conquistou para o Sporting a primeira vitória na Rússia e na Roménia. 

Em 2014, Turim foi de tudo para Jesus, desde a alegria da meia final até ao desgosto de nova final perdida. Agora, o Sporting espera que o técnico mantenha a habilidade em fazer aquilo que ainda não foi feito.