Depois do balde de água fria que foi a estreia contra o México, Portugal fez o que tinha de fazer no segundo jogo e venceu, sem convencer. Um golo cedo, uma exibição que a espaços foi muito positiva e três pontos que colocam a seleção lusa com um pé nas meias-finais.
Portugal mostrou ser muito melhor que a Rússia. Teve oportunidades para transformar esta vitória em algo mais claro, mas acabou a sofrer atrás e com William Carvalho, Danilo Pereira, Bruno Alves e Pepe a defender. CR7 voltou a ser decisivo e mesmo sem ter sido brilhante, Portugal teve em Akinfeev o maior obstáculo a uma possível goleada. A Rússia tem vontade, tem organização, mas não tem arte para muito mais.
Era o início ideal para uma equipa que tinha de provar que é realmente uma das favoritas à conquista desta prova. A equipa estava confiante, trocava bem a bola e aproveitava a exibição sempre em crescendo de André Gomes. Ainda assim, faltavam as oportunidades. Só perto do fim da primeira parte Cristiano Ronaldo voltava a ameaçar o golo, perdendo o duelo para o inspirado Akinfeev.
A Rússia tinha aversão a ter bola. Preferia entregar todo o controlo a Portugal tentado explorar (sem sucesso) as transições rápidas. Falta capacidade criativa aos russos e se contra a Nova Zelândia isso acabou por não se notar, contra Portugal isso foi gritante. Mesmo quando a equipa portuguesa caiu na sua exibição, no final da primeira parte, a equipa anfitriã não conseguiu criar perigo.
A vontade portuguesa foi-se perdendo aos poucos e o susto sofrido a meio da segunda parte por Somolov começou a preocupar Fernando Santos. O selecionador via a equipa a controlar o jogo com bola, mas via também um decréscimo na agressividade, muito fruto do desgaste de Adrien Silva.
Começou a ser mais importante para Portugal segurar a vantagem do que procurar o segundo golo. Danilo Pereira e Gelson Martins entraram em campo para o lugar de Adrien e André Silva e a equipa lusa começou a recuar. Os russos fizeram o que podiam fazer e colocaram jogadores para a frente explorando a estratégia do pontapé para a frente.
Só nos descontos surgiu uma oportunidade para a Rússia e, sinceramente, era totalmente desnecessário ver Fernando Santos sofrer tanto, tal a superioridade portuguesa. O apuramento para as meias-finais está quase conseguido ao estilo Fernando Santos. Sem convencer, mas a apresentar resultados.